Enquanto médico interno, tratei uma vez uma jovem mulher com cancro da mama metastático, cujos olhos azuis brilhantes me olhavam todas as manhãs com esperança. Fiz tudo o que pude por ela em termos médicos, mas, infelizmente, o cancro continuou a alastrar-se. Ela desenvolveu febres e náuseas constantes e, em breve, raramente olhava para mim quando eu entrava no seu quarto. A maior parte dos dias, estava deitada de lado, cansada, com a cara virada para a parede.
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