Kate junta-se a William para conhecerem os pais das vítimas de Southport
Os príncipes de Gales encontraram-se de forma privada com as famílias das vítimas e logo depois reuniram-se com as equipas de emergência que socorreram as crianças.
Não estava planeado, mas Kate Middleton juntou-se ao marido, o príncipe William, nesta quinta-feira, para o primeiro compromisso público desde que terminou o tratamento de quimioterapia. Os príncipes de Gales encontraram-se com as famílias das três meninas assassinadas numa aula de dança em Southport — uma delas era portuguesa, tinha 9 anos.
“Hoje, o príncipe e a princesa de Gales visitaram Southport para mostrar apoio à comunidade e ouvir como as pessoas locais se uniram enquanto a cidade recupera do trágico ataque com faca que ocorreu”, informou o Palácio de Kensington em comunicado nesta manhã.
Southport, uma pacata cidade à beira-mar no noroeste de Inglaterra, atraiu as atenções do mundo pelos piores motivos, a 29 de Julho, quando três meninas foram esfaqueadas até à morte e outras crianças ficaram gravemente feridas num ataque durante uma aula de dança dedicada à música de Taylor Swift. Dias depois, rebentaram os motins, provocados por grupos de extrema-direita, apesar de se saber que o atacante não era estrangeiro, mas nacional.
Durante a visita desta quinta-feira, William e Kate falaram em privado com as famílias das vítimas durante 90 minutos e com um professor de dança que estava presente na altura do ataque, tendo-se depois encontrado com representantes dos serviços de emergência locais que responderam à chamada ao incidente para lhes agradecer pessoalmente. “Continuamos a apoiar toda a gente em Southport. O encontro com a comunidade hoje foi uma lembrança da importância de nos apoiarmos uns aos outros na sequência de uma tragédia inimaginável. Continuarão a estar nos nossos pensamentos e orações”, escreveram os príncipes de Gales no Instagram.
A visita faz eco da preocupação de Carlos III, que se deslocou a Southport em Agosto, onde se encontrou com algumas das crianças sobreviventes e as suas famílias, elogiando o espírito de comunidade, a compaixão e a resiliência da comunidade, e disse esperar que o respeito mútuo e a compreensão continuem a unir a nação.
A desinformação espalhada nas redes sociais após o ataque de Julho, que identificou erradamente o agressor como um imigrante islâmico e levou a violentos confrontos entre manifestantes e a polícia em Southport, bem como a uma tentativa de ataque à mesquita da cidade.
Mais tarde um adolescente, que tinha 17 anos na altura do incidente, foi acusado de ter cometido os assassinatos.
Seguiram-se dias de tumultos semelhantes em todo o país, que a polícia e o Governo atribuíram a grupos de extrema-direita, levando a cerca de 1500 detenções e quase 400 pessoas a serem presas. Logo após o ataque, Taylor Swift recorreu ao Instagram para manifestar o “choque” pela morte das crianças, lamentando a “perda de vida e inocência, e o trauma horrível infligido a todos os que lá estavam, às famílias e aos socorristas”.