Ucrânia diz que Rússia atingiu hospital e matou oito pessoas
Num primeiro ataque com drones teria morrido uma pessoa. Mais mortífero foi o segundo ataque, quando a unidade hospitalar de Sumy estava a ser evacuada.
As forças russas atacaram um centro médico em Sumy, no nordeste da Ucrânia, na manhã de sábado, e voltaram a atacar quando o edifício estava a ser evacuado, matando um total de oito pessoas, segundo as autoridades ucranianas. Segundo os ucranianos, na altura dos ataques, estavam no hospital 86 doentes e 38 membros do pessoal.
“O primeiro ataque matou uma pessoa e danificou os tectos de vários andares do hospital”, disse o Ministro do Interior ucraniano, Ihor Klymenko, no Telegram. Enquanto as pessoas estavam a ser retiradas, os russos voltaram a atacar, matando mais cinco pessoas, disse ele.
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse mais tarde que oito pessoas foram mortas e 11 ficaram feridas.
“Todas as pessoas no mundo que falam sobre esta guerra deveriam prestar atenção aos sítios onde a Rússia está a atacar. Estão a combater hospitais, alvos civis e vidas humanas”, disse Zelensky no Telegram.
“Só a força pode forçar a Rússia à paz. A paz através da força é o único caminho correcto”, acrescentou o chefe de Estado ucraniano.
Ihor Klymenko não especificou que armas foram usadas nos ataques de sábado, mas a administração regional e a força aérea disseram que se tratou de um ataque com drones.
Os ataques à cidade de Sumy e à região homónima tornaram-se muito mais frequentes desde que as forças ucranianas lançaram uma operação na região russa de Kursk, em Agosto, e capturaram dezenas de localidades.
Sumy está localizada a apenas 32 km da fronteira com a Rússia e as forças russas têm atacado a região e a cidade com drones e bombas teleguiadas.
No sábado, a força aérea ucraniana afirmou ter abatido 69 dos 73 drones enviados pela Rússia, num ataque russo nocturno que incluiu dois mísseis balísticos e dois mísseis de cruzeiro.
Segundo a administração militar ucraniana, cerca de 15 drones russos foram destruídos pelas defesas aéreas na capital, Kiev, e nos seus arredores.