Cromeleque dos Almendres em Évora reabre com novas regras

O Cromeleque dos Almendres, em Évora, um dos mais relevantes do megalitismo europeu, reabriu ao público com um novo circuito de visitação para protecção e salvaguarda do monumento.

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Cromeleque dos Almendres, em Évora Daniel Rocha
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O Cromeleque dos Almendres, em Évora, "volta a estar aberto ao público, após a conclusão da intervenção de conservação desenvolvida, ao longo do último ano" pelo município, em parceria com a tutela e o Grupo Pro-Évora.

Classificado como monumento nacional e considerado "um dos mais importantes monumentos megalíticos da Península Ibérica", e mesmo da Europa, o Cromeleque dos Almendres tem agora "novas regras de visitação que visam reduzir o impacto da erosão no solo" para a sua "protecção e salvaguarda", frisa a autarquia em comunicado.

"Com o objectivo de melhorar a experiência de fruição do espaço no interior do recinto megalítico e de minimizar o impacto do pisoteamento dos visitantes, foi criado um circuito de visitação na sua envolvente directa." Está também programada, "para o final deste ano", uma nova intervenção para a "reabilitação do trajecto de acesso" ao recinto, acrescenta a nota de imprensa.

Durante os trabalhos de conservação efectuados, a equipa de arqueologia do município "identificou um provável novo menir, elevando assim para 95 o número de monólitos conhecidos no maior recinto megalítico da Península Ibérica". "Este encontrava-se tombado e quase totalmente coberto por vegetação, cuja limpeza permitiu confirmar a descoberta", realçou a câmara, precisando tratar-se de "um monólito granítico, de pequenas dimensões, com cerca de 1,3 metros, semelhante àqueles que se encontram no lado nascente do monumento".

O Cromeleque dos Almendres, cujo terreno privado foi cedido à câmara pelos proprietários através um contrato de comodato, situa-se a cerca de 12 quilómetros de Évora, junto à aldeia de Guadalupe. O sítio arqueológico é composto por diversas estruturas megalíticas, nomeadamente cromeleque, menir e pedras, e foi descoberto pelo investigador Henrique Leonor Pina, em 1964, aquando do levantamento da Carta Geológica de Portugal.

A Câmara de Évora lembrou ainda que, até 28 de Outubro, continua patente no Palácio de D. Manuel, no jardim público, a exposição temporária Do Cabeço da Anta ao Alto das Pedras Talhas. Esta mostra pretende dar a conhecer o processo de descoberta e investigação do Cromeleque dos Almendres e da Anta Grande do Zambujeiro, também situado no concelho de Évora e igualmente um importante monumento megalítico europeu.