Em defesa “concreta” do SNS

Este é, como indica o título, um texto em defesa do SNS, mas que toma a forma singular de “testemunho”.

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A atual crise das urgências obstétricas vinca no espaço público uma forte pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS) que não é nova. A falta de recursos, materiais e humanos, corroê-lo-á, bem como a confiança de que cuidará dos cidadãos em caso de doença ou acidente. Acompanhando esta desqualificação simbólica do SNS, assiste-se, em paralelo, a um crescimento exponencial dos seguros de saúde. Já é, por exemplo, prática corrente as empresas integrarem-nos nos pacotes laborais. No fim da linha, como efeito perverso, adivinha-se a contração do SNS até ao ponto de se tornar um sistema de saúde apenas para indigentes, aqueles que não têm meios para pagar os seguros que garantem o acesso à “boa medicina” oferecida e concentrada no sector privado.

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