Harry teme pela segurança de Meghan no Reino Unido: “Ainda é perigoso”

O príncipe britânico voltou a declarar que a sua mulher não está a salvo no Reino Unido, avançando que ainda não desistiu de poder usufruir da segurança destinada à realeza.

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Harry, duque de Sussex, e Meghan, duquesa de Sussex, nos Jogos Invictus 2023, em Duesseldorf, Alemanha Piroschka van De Wouw/REUTERS/Arquivo
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“Continua a ser perigoso. E quer se trate de uma faca ou de ácido, o que quer que seja, são coisas que me preocupam verdadeiramente. É uma das razões pelas quais não trarei a minha mulher de volta a este país.” O príncipe Harry justificou assim a decisão de manter a mulher, Meghan Markle, longe do Reino Unido, numa entrevista para o documentário da ITV Tabloids on Trial, que se estreou nesta quinta-feira e que inclui ainda as histórias de Hugh Grant, Charlotte Church ou Paul Gascoigne.

O duque de Sussex, de 39 anos, recordou as “ameaças reais” que Meghan recebia quando o casal ainda residia em Inglaterra, confirmadas, em 2022, pelo antigo chefe de contraterrorismo da Polícia Metropolitana Neil Basu, deixando no ar a ideia de que foi essa situação a gota de água final para se afastar dos deveres reais.

Na entrevista, Harry volta a apontar o dedo ao Comité Executivo para a Protecção da Realeza e das Figuras Públicas (RAVEC, na sigla original), que lhes retirou a segurança, recusando-se a repô-la, inclusive quando o príncipe se ofereceu para pagar pelo serviço. Uma decisão defendida pelo Governo, que argumentou que indivíduos ricos não devem ser capazes de contratar oficiais treinados como guarda-costas particulares, e corroborada pelo Supremo Tribunal, no início deste ano, que deliberou que Harry já não pode beneficiar daquela protecção, mas o duque pretende recorrer da decisão.

Afinal, explicou, “o Reino Unido é fundamental para a herança cultural dos meus filhos e um lugar onde quero que eles se sintam em casa, tanto quanto onde vivem actualmente nos Estados Unidos. Isso não pode acontecer se não houver possibilidade de os manter em segurança quando estão em solo britânico”.

Durante a conversa, Harry observou que a sua luta contra os tablóides também tem afectado os laços familiares, mas acredita que “estas são as coisas que devemos fazer para um bem maior”.

Actualmente, Harry tem em curso dois processos contra as editoras do The Mail e do The Sun. Em Dezembro, o Supremo Tribunal concluiu que ele foi alvo de pirataria informática por parte do Mirror Group Newspapers.

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