No Porto, há um evento para aprender a escrever canções políticas e celebrar a cultura underground

Entre 9 e 13 de Julho, a conferência Kismif traz nomes nacionais e internacionais para workshops, palestras e exposições. O tema deste ano é alusivo aos 50 anos do 25 de Abril.

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A Casa da Música recebe parte do evento Paulo Pimenta
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Canção de protesto, arte urbana, ascensão da extrema-direita: estes são alguns dos temas que a décima edição da Kismif Conference, que começa esta terça-feira, 9 de Julho, no Porto, vai abordar.

O congresso científico, criado há dez anos “na sequência de um projecto de investigação dedicado ao punk e às culturas alternativas em Portugal, para celebrar as culturas underground um pouco por todo o mundo”, está de volta. O tema deste ano, DIY Cultures, Democracy and Creative Participation, vai contar com a presença de Capicua, Rui Reininho, Dino D’Santiago.

Workshops, palestras e exposições vão ocupar os dias 9 a 13 de Julho, em diferentes locais da cidade: Casa da Música, Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Casa Comum, Biblioteca Municipal Almeida Garrett, Cinema Batalha, Barracuda, Ferro Bar e Círculo Universitário do Porto abrem portas para cinco dias de programação.

O evento “tem uma componente interventiva e artística bastante forte, é acompanhado de várias exposições pela cidade e de uma programação de concertos muito assinalável”, enquadra a organizadora Paula Guerra. O tema foi escolhido a pensar nas celebrações dos 50 anos do 25 de Abril: “Apesar de ser um congresso internacional, inteiramente em inglês, quisemos pensar a questão da democracia e participação criativa este ano.”

Há um workshop para mostrar que “também podes escrever canções políticas” (dia 9, às 10h30, na Biblioteca Municipal Almeida Garrett), ou para perguntar “o que sabes sobre vulvas?” (dia 9, às 14h, mesmo local).

No dia 10, há uma palestra sobre os 50 anos do 25 de Abril, pelo ex-presidente da Assembleia da República Augusto Santos Silva. A programação incide sobre música de protesto, a palavra enquanto arma, e a contracultura. Há um showcase de Dino D’Santiago às 18h30.

A entrada no evento está sujeita a um pagamento de 220 euros para os cinco dias, ou 60 para o passe do dia e pode ser feita no local. Para os estudantes, artistas, músicos e desempregados, o valor é 130 euros (mediante apresentação de documentação que comprove). Os concertos, exposições e performances são de entrada livre. A programação pode ser consultada na íntegra aqui.

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