Artbeerfest, o mundo da cerveja artesanal (e uma grande festa) em Caminha
São esperados cerca de 30 mil visitantes na 11.ª edição do Artbeerfest, que este ano terá à disposição 400 estilos de cerveja, receitas de 29 cervejeiras portuguesas e 21 estrangeiras.
Apregoam "o mundo em Caminha" porque, entre os dias 11 e 14 de Julho, passam pelo Artbeerfest 400 estilos de cerveja, trabalhados por 29 cervejeiras portuguesas e 21 estrangeiras, porque há cervejas para todas as línguas (Suécia, Islândia, Noruega, Dinamarca, Letónia, Finlândia, Inglaterra, Eslováquia, Alemanha, Hungria, Chéquia, Suíça, França, Espanha...) e também porque se espera que o evento arraste cerca de 30 mil pessoas.
Não faltam argumentos para esta 11.ª edição de um evento que recentemente foi considerado pelos Iberian Festival Awards como o melhor festival não de música da Península Ibérica e que segundo um estudo assinado pela Universidade de Trás-os-Montes e pelo Politécnico de Viana do Castelo injecta na economia local mais de seis milhões de euros durante a semana do evento. O mesmo, realizado no decorrer da edição número dez, ajudou a caracterizar o comportamento do consumidor e avaliou os gastos globais dos cerca de 35 mil visitantes (dos quais cerca de 13 mil são turistas com pelo menos uma pernoita no concelho e cerca de 22 mil são visitantes diários).
Apesar dos números entusiasmastes, a organização do Artbeerfest foca-se no cartaz, sempre recheado de cervejas artesanais — a Suécia surge como cabeça de cartaz, com cinco das suas cervejas mais vanguardistas —, de gastronomia e de animação de rua. Dos quatro cantos de Portugal, e a partir do já tradicional e simbólico momento de abertura do barril (este ano a cargo da lisboeta Fermentage), o festival promete "uma amostra da paisagem irrequieta e criativa do movimento cervejeiro moderno".
Na edição deste ano há ainda palco para uma das grandes tendências do momento, nomeadamente para a newstalgia, ou seja para a produção de novas cervejas tendo como base "o desejo de experimentar um sabor que nos é familiar, mas ainda assim, totalmente novo". "O objectivo não é idealizar o passado, mas aproveitá-lo para criar um novo produto, relevante aqui e agora", explica a organização em comunicado.
Garantidas são também "algumas raridades" e "homenagens" ao público caminhense. Da setubalense Ophiussa Extravaganza, à Caminha é Minha, da Dois Corvos, passando pela sueca Pomologik, uma fermentação mista de cerveja e sidra de maçã, envelhecida durante um ano em barrica de Vinho de Carcavelos DOP.
O festival, em torno da Praça do Terreiro, terá ainda as Lager Pils, destacando-se a YODL, uma produção colaborativa entre o projecto caminhense MØMBrewers e a sueca Hyllie de Malmöe, uma Dark Lager. E como convidadas especiais da área Clássicas e Históricas a família bávara da Ayinger Privatbrauerei e a Budvar, colectivo da Chéquia, "para que o público perceba a idade secular da cerveja".
Um dos pontos altos da programação, um evento esgotado, será o workshop da Ayinger Privatbrauerei no Teatro Valadares.
Entre as ruas e os palcos circulará uma selecção de "bandas mobilizadoras" (Farra Fanfarra, Simply Rockers Sound System, Festicultores, Fanfarra da Vizinha, Nomadesh e Mau Olhado), isto para além dos DJs de serviço durante a noite.
Lateralmente, para quando "a cerveja está em repouso", há mais duas sugestões: um passeio pela vila, iniciativa ArtVibe Caminha, com exposições de artistas plásticos e posters originais das 11 edições do festival da autoria de vários designers; e a 7ª edição da Mikkeller World Beer Run, prova em que correr e caminhar dá direito a uma cerveja, pelo percurso de dez quilómetros pelas margens do estuário do rio Minho.
Para provar e degustar as cervejas, basta adquirir o acesso à experiência ArtBeerFest, por 4€, que inclui a oferta do copo oficial da 11.ª edição, que foi desenhado pelo designer HAGA. Este ano, as cervejas são pagas directamente a cada cervejeiro. As cervejas têm um valor a partir dos 2,50€, com valores médios de 4€ e 4,50€.