A “reforma” do Estado, uma peça do surrealismo

A meias com o ministro da Presidência, Montenegro burilou uma ideia sobre a “reforma” do Estado e produziu um PowerPoint onde não faltou a majestade da arte contemporânea. Mas, onde está a “reforma”?

Ouça este artigo
00:00
05:59

1. Não se sabe bem a razão pela qual o célebre quadro “A Persistência da Memória” (aquele em que aparece um relógio a derreter-se numa mesa em primeiro plano), de Salvador Dalí, aparece no pomposo plano de “reforma” da Administração Pública que o Governo apresentou esta semana. Pouco importa. Porque, no caso, o cenário surrealista da pintura bate bem com a promessa: “Uma reforma que não podia esperar mais.” Após tanta persistência da memória de um Estado centralista, labiríntico e medieval, a “reforma” não passa de uma promessa banal sem qualquer ímpeto reformista.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 17 comentários