Hospital da Prelada vai receber 45 euros por cada doente não urgente tratado fora das urgências

Novo Centro de Atendimento Clínico (CAC) do Porto terá capacidade para tratar 365 pessoas por dia e deverá abrir em Julho. O do Hospital das Forças Armadas, em Lisboa, ainda não tem data para abrir.

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A ministra da Saúde, acompanhada por António Tavares, provedor da Misericórdia do Porto, visitou ontem o Hospital da Prelada Facebook do Hospital da Prelada
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O novo Centro de Atendimento Clínico (CAC) que vai funcionar no Hospital da Prelada, no Porto, vai receber 45 euros por cada doente não urgente que aceite ser tratado fora dos hospitais de São João e de Santo António. O protocolo de colaboração entre o Ministério da Saúde e a Misericórdia do Porto ainda não foi assinado, mas a expectativa do Governo é que o novo CAC entre em funcionamento no início de Julho.

A informação foi avançada pelo Diário de Notícias e entretanto confirmada pelo PÚBLICO junto da tutela. A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, visitou, na segunda-feira, as instalações do novo Centro de Atendimento Clínico acompanhada pelo provedor da Misericórdia do Porto, António Tavares, e pela restante mesa administrativa do hospital. O CAC da Prelada irá receber os doentes não urgentes, com pulseira azul e verde, que tenham sido triados pelo Centro Hospitalar da Universidade do Porto e pelo Centro Hospitalar e Universitário do São João e ainda pela Linha SNS24.

No caso do Porto, o transporte dos doentes será feito por minibus dos hospitais de São João e Santo António para o hospital da Misericórdia do Porto.

O novo CAC, com capacidade para receber até 365 pessoas por dia, terá seis gabinetes para atendimento médico equipados com meios complementares de diagnóstico que permitirão fazer análises clínicas e exames de imagiologia. Segundo informação do hospital, o CAC contará ainda com uma sala de observações para casos que, embora sejam não urgentes, necessitem de cuidados clínicos específicos.

Quanto ao CAC do Hospital das Forças Armadas, em Lisboa, que o Governo também anunciou, a tutela revela que o processo está um pouco mais atrasado e sem data para entrar em funcionamento.

A criação destes dois CAC destinados a doentes não urgentes ou pouco urgentes é uma das medidas do Plano de Emergência da Saúde, recentemente aprovado pelo Governo.

Para já, existirão estes dois projectos-piloto em Lisboa e no Porto, sendo que o Governo revela que tem intenção de expandir esta solução “mediante os resultados obtidos ao longo da implementação” e de os alargar a outras áreas urbanas “em função das necessidades identificadas localmente”.

No Plano de Emergência, o Governo prevê que a informação do doente deverá acompanhá-lo e ser disponibilizada ao médico do Centro de Atendimento Clínico ou de outro destino. O objectivo é que estes centros funcionem como uma “coroa de protecção” aos hospitais com serviço de urgência, sendo que o Governo admite que possam vir a ser geridos por entidades do sector social e privado.

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