Brigitte Macron quis dar a mão a Camila, mas o gesto não foi correspondido

O momento constrangedor aconteceu no Memorial Britânico da Normandia, a propósito do 80.º aniversário do Dia D. As duas vestiram-se a combinar, no que pode ser interpretado como um sinal de união.

Britain's Queen Camilla and French President Emmanuel Macron's wife Brigitte Macron attend a ceremony to mark the 80th anniversary of D-Day at the British Normandy Memorial of Ver-sur-Mer, France, June 6, 2024. REUTERS/Hannah McKay
Fotogaleria
Camila e Brigitte Macron na homenagem às vítimas da batalha da Normandia REUTERS/Hannah McKay
Britain's Queen Camilla and Brigitte Macron, wife of French President Emmanuel Macron lay a wreath during a ceremony to mark the 80th anniversary of D-Day at the British Normandy Memorial of Ver-sur-Mer, France, June 6, 2024. REUTERS/Hannah McKay
Fotogaleria
Camila e Brigitte Macron colocam flores no memorial REUTERS/Hannah McKay

A rainha Camila e a primeira-dama francesa, Brigitte Macron, são as protagonistas de um dos momentos mais insólitos das comemorações do 80.º aniversário do desembarque da Normandia. As duas colocaram flores no Memorial Britânico da Normandia e Brigitte Macron tentou dar a mão a Camila, que se manteve firme, sem ceder. A francesa havia de desistir do gesto, mas as redes sociais não perdoaram.

As imagens mostram as duas representantes, ambas vestidas de branco, numa homenagem às vítimas britânicas em Ver-sur-Mer. Depois de colocarem ramos de flores no monumento, a primeira-dama francesa estendeu a mão à rainha, num gesto que não foi correspondido e que está a ser interpretado como uma quebra no protocolo real pelos tablóides britânicos.

De acordo com o site da família real não existem regras de etiquetas obrigatórias quando se convive com um dos Windsor, mas a norma estabelecida é que os cumprimentos não devem ir muito além do aperto de mão — ainda que alguns membros mais jovens sejam mais abertos, como William e Kate, que frequentemente abraçam pessoas em público, ao contrário de Isabel II que preferia algum distanciamento.

Minutos antes da constrangedora interacção, Carlos III cumprimentou a primeira-dama francesa com um beijo na mão, aparentemente indiferente ao atraso dos franceses. O Presidente Emmanuel Macron e a primeira-dama Brigitte chegaram atrasados mais de 20 minutos, quando os reis britânicos já estavam posicionados à espera para o arranque da cerimónia.

Tanto Camila, como Brigitte Macron vestiram-se de branco, provavelmente num sinal de respeito para com os mais de 24 mil britânicos que morreram na batalha da Normandia, evitando assim cores mais garridas. A publicação especialista WWD interpreta a escolha também como um sinal de união entre o Reino Unido e a França, historicamente dois países rivais.

A primeira-dama francesa usou um casaco com botões vistosos e um cinto a definir a cintura, enquanto a rainha optou por um visual mais clássico: um vestido de comprimento midi com detalhes de pedraria na gola e nas mangas, bem como um alfinete de peito em forma de concha, que foi oferecido à rainha Isabel (mãe de Isabel II) pela pintora Winifred Hope Thomson, em 1944, identifica a revista Town&Country.

Foto
Camila, Carlos III, Emmanuel e Brigitte Macron LUDOVIC MARIN / POOL

A primeira viagem de Carlos

A presença de Carlos III e Camila na Normandia para as comemorações do Dia D representa a primeira deslocação ao estrangeiro do rei desde que foi diagnosticado com cancro em Fevereiro. No discurso, proferido em francês, o monarca disse ter uma “gratidão inabalável” aos veteranos da Segunda Guerra, que “não vacilaram” quando foi preciso enfrentar esta prova. E terminou com um pedido: “Que um sacrifício destes nunca mais se repita.”

Simultaneamente, o príncipe William estava no Cemitério de Guerra Canadiano, localizado na vila de Bény Sur Mer, ao lado do primeiro ministro do Canadá, Justin Trudeau. Ao longo das comemorações, a ausência da princesa de Gales, Kate, a ser tratada a um cancro, voltou a ser motivo de conversa e, nesta quarta-feira, quando um dos veteranos lhe perguntou como estava a mulher, William esquivou-se à pergunta e respondeu apenas: “Adoraria estar aqui.”

Sugerir correcção
Ler 1 comentários