Não é possível consultar “plano de Verão” para as urgências. Ligue para o SNS24

Acabaram os mapas que indicam os dias em que os blocos de partos e as urgências de pediatria estão encerrados ao exterior. A recomendação é ligar sempre antes para o SNS24.

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Ministério da Saúde manda ligar sempre antes para o SNS24 para saber se as urgências estão a funcionar Nelson Garrido
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Com o final de Maio, desapareceram do Portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS) os mapas que assinalavam a cores os blocos de partos e serviços de urgência de ginecologia/obstetrícia e de pediatria temporariamente encerrados por falta de médicos para completar as escalas.

O “chamado 'plano de Verão' está em vigor desde o dia 1 de Junho”, explica o Ministério da Saúde, sublinhando que o SNS24 “é a porta de entrada para o SNS” e que é a esta linha (808 24 24 24) que as pessoas têm sempre que recorrer quando necessitam de informações sobre as urgências para evitarem ir a um serviço que esteja temporariamente fechado ao exterior.

Tinha-se tornado um hábito. Até ao final de Maio passado, a Direcção Executiva do SNS foi colocando no Portal do SNS mapas em que dava conta dos serviços de urgência de ginecologia/obstetrícia e de pediatria que estavam abertos sem interrupções e aqueles que tinham dias de fechos rotativos por falta de recursos humanos, ou seja, de médicos especialistas em número suficiente para completar as escalas e manter as portas abertas ao exterior.

Agora, a estratégia mudou. “O Ministério da Saúde considera que a publicação e necessidade de consulta pelos utentes de mapas estáticos, com o risco de ficarem desactualizados, não constitui a melhor resposta e situações de urgência”, justifica o gabinete da ministra Ana Paula Martins, em resposta escrita enviada ao PÚBLICO.

“Todas as escalas das urgências hospitalares estão carregadas no sistema do SNS 24, que consulta e coordena em tempo real as disponibilidades e a capacidade de resposta de cada maternidade. Os mapas de escalas passaram a ser dinâmicos”, acrescenta. Paralelamente, refere, “o Ministério da Saúde tem no terreno membros da task force em contacto permanente com os hospitais do SNS”.

Nesta segunda-feira, o Ministério da Saúde já tinha enfatizado, no Portal do SNS, que a resposta "para o Plano de Verão é o SNS24”. A recomendação é a mesma para todas as urgências: é preciso "ligar primeiro para o SNS24” para “saber qual é o serviço mais próximo”. “Com o dia 1 de Junho chegou o Plano de Verão e uma nova resposta do Ministério da Saúde ao nível dos serviços de urgências, que será sempre dada pela linha SNS 24", reforçava.

Para as mulheres grávidas, está já a funcionar desde sábado, 1 de Julho, a “linha SNS Grávida” – acessível também no 808 24 24 24 - para encaminhar as utentes para a urgência “mais próxima da área de residência”.

Esta terça-feira, a ministra Ana Paula Martins destacou que, nos três primeiros dias de funcionamento, esta linha específica fez cerca de 450 atendimentos. "Fiz muita questão de estar aqui por duas razões: primeiro para mostrar que o powerpoint funciona, (...) mas também para mostrar que o SNS 24 é uma grande aposta para a entrada em situação de urgência dentro do Serviço Nacional de Saúde", disse Ana Paula Martins, à margem de uma visita à linha SNS Grávida.

Na linha SNS 24, em todo o país, trabalham cerca de 1700 pessoas, disse, citada pela Lusa. No caso da linha SNS Grávida, explicou que os operadores seguem um algoritmo cientificamente validado pela Direcção-Geral da Saúde que classifica a situação.

Sobre o plano para o Verão, a governante disse que esta linha é igualmente "uma aposta para iniciar uma nova forma de gerir o que é a urgência em obstetrícia" e, quanto à rotatividade dos profissionais nestes serviços para garantir todas as escalas, recordou os incentivos criados com o plano de emergência da saúde para atribuir à equipa quando é ultrapassada a média de partos — e que estarão em vigor até final do ano.

Apesar de admitir a possibilidade de constrangimentos no Verão na área da obstetrícia, Ana Paula Martins recusou falar em encerramentos: "Eu não digo que há encerramentos porque verdadeiramente os hospitais não encerram. Eles têm lá dentro a equipa toda, têm anestesistas, têm médicos, têm as enfermeiras obstétricas, têm assistentes operacionais". com Lusa

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