O poeta trágico da banalidade urbana – entrevista com Michael Cunningham

Em Dia, o norte-americano volta a ser o “antropólogo” que observa à lupa uma parte da espécie humana: maioritariamente branca, de classe média e urbana.

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No seu novo romance, Dia, Michael Cunningham medita sobre as contradições da vida moderna richard phibbs
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Quem acompanha a obra do escritor norte-americano Michael Cunningham – nasceu em Cincinnati, Ohio, em 1952 – não ficará surpreendido com a trama de Dia, o seu mais recente romance. Desde o sucesso alcançado com As Horas (1998), onde é convocado o fantasma de Virginia Woolf, já que Cunningham, para além de prestar homenagem a autores da sua predilecção, tem escalpelizado a existência dos seus personagens – ansiosos, frustrados, eroticamente perturbados, alienados no seio de famílias e de comunidades específicas, atraídos por drogas e pela ideia do suicídio, dados a visões e propensos ao desastre – com o zelo de um antropólogo que observa à lupa uma parte da espécie humana, maioritariamente branca, de classe média e urbana, cuja aparente tranquilidade é repetidamente confrontada com ameaças externas e dramas íntimos.

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