O poeta trágico da banalidade urbana – entrevista com Michael Cunningham

Em Dia, o norte-americano volta a ser o “antropólogo” que observa à lupa uma parte da espécie humana: maioritariamente branca, de classe média e urbana.

Foto
No seu novo romance, Dia, Michael Cunningham medita sobre as contradições da vida moderna richard phibbs
Ouça este artigo
00:00
12:34

Quem acompanha a obra do escritor norte-americano Michael Cunningham – nasceu em Cincinnati, Ohio, em 1952 – não ficará surpreendido com a trama de Dia, o seu mais recente romance. Desde o sucesso alcançado com As Horas (1998), onde é convocado o fantasma de Virginia Woolf, já que Cunningham, para além de prestar homenagem a autores da sua predilecção, tem escalpelizado a existência dos seus personagens – ansiosos, frustrados, eroticamente perturbados, alienados no seio de famílias e de comunidades específicas, atraídos por drogas e pela ideia do suicídio, dados a visões e propensos ao desastre – com o zelo de um antropólogo que observa à lupa uma parte da espécie humana, maioritariamente branca, de classe média e urbana, cuja aparente tranquilidade é repetidamente confrontada com ameaças externas e dramas íntimos.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 4 comentários