Manifestantes pró-palestinianos ocupam Faculdade de Ciências da Universidade do Porto

Estudantes ocuparam o edifício de Ciências da Computação da Faculdade de Ciência da Universidade do Porto. Acção de protesto partiu do grupo “Estudantes pela Palestina UP”.

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A acção de protesto foi organizada pelo grupo "Estudantes pela Palestina UP", com o apoio de outras organizações ANTONIO PEDRO SANTOS / LUSA
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Um grupo de estudantes pró-Palestina ocupou na noite desta quinta-feira um dos edifícios da Faculdade de Ciência da Universidade do Porto (FCUP), segundo anunciaram ao PÚBLICO os responsáveis pela iniciativa, através de uma nota de imprensa. A acção de protesto está a decorrer no edifício do Departamento de Ciências da Computação daquele campus universitário.

O acto mobiliza "dezenas de estudantes" na Universidade do Porto, avança a nota, e foi organizada pelo grupo "Estudantes pela Palestina UP", assim como por activistas de outros movimentos pela Palestina.

"Perante o genocídio que Israel está a cometer contra o povo palestiniano, os estudantes exigem que a UP rompa imediatamente todos as relações que mantém com instituições e empresas israelitas e que condene oficialmente o actual genocídio na Palestina, defendendo o direito à autodeterminação do povo palestiniano e o seu direito de retorno", exigem os estudantes.

Pretendem também "que a Universidade do Porto use a sua influência junto da Câmara Municipal do Porto e do Estado português para condenar as atrocidades cometidas pelo Estado colonial de Israel e para romper as relações diplomáticas com o mesmo".

O edifício das Ciências da Computação no Porto costuma estar aberto até mais tarde, por volta da meia-noite (e, em época de exames, para lá dessa hora), para permitir aos alunos a realização de trabalhos de informática na faculdade. Foi assim que os estudantes tiveram acesso ao edifício, estando o protesto a decorrer de forma pacífica.

De acordo com a nota de imprensa, esta acção de protesto surge na sequência de uma carta aberta que os estudantes enviaram ao reitor da instituição e de uma assentada realizada a 8 de Maio em frente ao edifício da universidade. "As acções continuarão até que as exigências das estudantes sejam acatadas", garantem os estudantes.

"Estudantes, juventude e pessoas solidárias com a luta pela libertação da Palestina recusam-se a testemunhar passivamente a expressão mais violenta deste século no que diz respeito às políticas imperialistas que lucram com a distribuição da morte, opressão e pobreza", afirmam.

A ocupação desta faculdade segue-se a acções semelhantes noutras instituições universitárias portuguesas, nomeadamente em Lisboa, e numa onda de manifestações internacionais (Estados Unidos, França, Alemanha, Países Baixos, entre outros). Segundo soube o PÚBLICO, há novos actos de protesto em preparação, que chegarão a mais regiões portuguesas.

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