Inquérito de Estimação: U.N.E — Uma Nova Esperança

No nosso Inquérito de Estimação, damos palco a associações e grupos de ajuda animal que o mundo deve conhecer. A U.N.E. resgata e esteriliza cães e gatos abandonados na Maia.

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Edu é um dos gatos disponíveis para adopção na U.N.E U.N.E — Uma Nova Esperança
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Em 2024, foram adoptados dez gatos da associação U.N.E — Uma Nova Esperança
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A U.N.E existe desde 2021 U.N.E — Uma Nova Esperança
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Os animais são resgatados das ruas da Maia U.N.E — Uma Nova Esperança
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A associação foi criada em Abril de 2021 na tentativa de reduzir o número de animais que vivem nas ruas da Maia. Desde essa altura, foram centenas os cães e gatos que a U.N.E encontrou, a maioria abandonados pelos anteriores tutores ou vítimas de maus tratos.

“Não podemos mudar as pessoas, por isso, resta-nos minimizar o sofrimento causado pela ausência de valores morais do ser humano”, afirma a associação em resposta ao inquérito de estimação.

Na U.N.E, todos os animais errantes são esterilizados e entregues temporariamente a famílias de acolhimento temporário (FAT) até poderem ser adoptados. Os gatos de colónias são devolvidos aos locais onde foram encontrados depois de recuperados.

“No ano de 2024, foram adoptados cerca de dez gatos de rua. Desejamos, acima de tudo, poder continuar a exercer aquilo em que acreditamos ser mais humano, e trazer uma nova esperança para gatos e cães abandonados", adiantam.

Uma medida prioritária pelos direitos dos animais

O programa CED (captura, esterilização e devolução) de gatos de colónias e também de matilhas, situação que ainda não é permitida em Portugal apesar de todos os esforços desenvolvidos por particulares e instituições que estão no terreno e convivem com esta realidade.

Os cães, pelas suas características físicas e comportamentais, sofrem mais nas ruas do que os gatos que fogem e se escondem mais rapidamente. É de lamentar que Portugal não legalize o programa CED para esta espécie.

Um caso marcante

Pela negativa, recordamos o caso da Indie, uma gata de rua com cerca de dez meses e oito crias resgatada de condições deploráveis. A Indie e os recém-nascidos estavam fechados num anexo atolado de ferramentas e os proprietários do espaço ameaçaram fazer desaparecer os animais se estes não fossem rapidamente levados. Foram entregues a uma FAT até serem adoptados, mas a Indie, como animal de rua, fugiu de casa e deixou as crias.

Foi encontrada oito meses depois, completamente subnutrida e desidratada e morreu nesse mesmo dia. Os gatos bebés foram adoptados.

Pela positiva, destacámos a Fofinha, que hoje se chama Nala, uma outra gata de rua que resgatámos de um bairro social. Quando nos contaram sobre a Nala disseram-nos que na zona onde estava eram comuns os maus-tratos a animais de rua. A pessoa que nos alertou viu-a carregar um bebé ensanguentado na boca e outros três já mortos.

A Nala foi de imediato resgatada e levada para a clínica veterinária para avaliação. Após esterilização, encontrou uma família que lhe proporcionou uma vida nova e tornou-se uma companhia impecável.

Um conselho para quem quer adoptar um animal

O mais importante é que adoptem com consciência. Que tenham a noção de que um animal vai estar na família pelo menos durante os próximos quinze anos e é preciso que os donos tenham condições físicas e financeiras para receber e cuidar dele.

Deixámos ainda uma chamada de atenção, sobretudo para jovens casais sem filhos: já tivemos a infelicidade de testemunhar o abandono de animais que nunca aprenderam a viver na rua, devido à chegada de um filho, por isso, é importante relembrar que um animal doméstico, tal como uma criança, depende de outros para sobreviver. Se for colocado na rua, não terá qualquer chance de sobrevivência.

Um animal é uma vida e para a vida e não um brinquedo temporário.

Um projecto que tem de ser conhecido

De todos os que conhecemos, quer porque já tivemos contacto directo ou indirecto, acreditámos que o que tem mais mobilização para conseguir mudanças estruturais é o IRA.

Além disto, destacámos a ajuda de conhecidos, amigos e familiares que nos apoiam quando aceitam ser FAT, especialmente durante o recobro pós-operatório das esterilizações e quando resgatamos animais doentes ou bebés.

A U.N.E ajuda associações que resgatam cães abandonados e é uma pena não termos capacidade para os receber.

Uma pessoa anónima que vale a pena conhecer

Todas as FAT dos animais merecem ser faladas, tal como a equipa da U.N.E que paga do próprio bolso a alimentação de algumas colónias, a gasolina necessária para transportar os animais e outras despesas, uma vez que todo o dinheiro que recebemos de apoiantes da causa é única e exclusivamente para pagar as despesas veterinárias.

Qualquer pessoa é bem-vinda se nos quiser ajudar. Para ser FAT, basta terem comida para os animais, um espaço para os receber, areias e desparasitante.

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