Trump tomará “medidas adequadas” relativamente à questão do visto do príncipe Harry

Os requerentes de visto dos EUA são obrigados a revelar qualquer historial de consumo de drogas, o que pode ter impacto no seu pedido. Harry poderá ter mentido.

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Harry e Meghan num evento nos EUA, em Outubro passado Reuters/Mike Segar
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O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump disse na terça-feira que, se ganhar as eleições presidenciais em Novembro, e se o príncipe Harry mentiu sobre o consumo de drogas quando pediu o seu visto, procuraria tomar "medidas apropriadas", recusando-se a excluir a possibilidade de o duque de Sussex deixar o país.

Os comentários de Trump ao meio de comunicação britânico de direita GBNews surgiram numa entrevista com o apresentador e frequente crítico de Harry, Nigel Farage.

Os requerentes de visto dos EUA são obrigados a revelar qualquer historial de consumo de drogas, o que pode ter impacto no seu pedido. E Harry, que vive na Califórnia desde 2020, admitiu o uso de drogas ilegais no seu livro de memórias Na Sombra, após o que o grupo de reflexão conservador Heritage Foundation processou o Departamento de Segurança Interna dos EUA para aceder aos registos de imigração do príncipe.

Em entrevista, Farage, um aliado de longa data de Trump, perguntou ao candidato republicano se o príncipe Harry deveria receber algum "privilégio especial" se tivesse mentido na sua candidatura. "Não. Temos de ver se eles sabem alguma coisa sobre as drogas e, se ele mentiu, terão de tomar as medidas adequadas", respondeu Trump.

Quando lhe perguntaram se isso poderia significar que Harry "não ficaria nos Estados Unidos", o ex-presidente respondeu: "Oh, eu não sei. Terá de me dizer. Têm de me dizer. Seria de esperar que eles soubessem disto há muito tempo." A lei de imigração norte-americana prevê duras penas para quem é apanhado a mentir na sua candidatura a um visto, que pode ir desde a recusa da cidadania até à deportação imediata.

Desde que o príncipe Harry e a sua mulher Meghan Markle deixaram a corte britânica e se mudaram para a Califórnia, têm-se queixado frequentemente do tratamento que a família real britânica lhes tem dado. Desde uma entrevista com Oprah Winfrey em 2021 a uma série documental da Netflix e ao livro de Harry, o casal tem afirmado que a família real e os seus assessores não os protegeram de uma imprensa hostil e divulgaram histórias negativas sobre eles.

Harry e Meghan, que se casaram em 2018, raramente regressam à Grã-Bretanha. A última vez que aconteceu, Harry esteve sozinho em Londres para visitar o pai, que está doente. Carlos III tem cancro e está a fazer tratamento ao mesmo.