Škoda Superb Combi, o dócil gigante está ainda maior
O navio almirante da marca checa do Grupo VW apresenta-se numa nova vida, mantendo o Diesel, mas apostando também na electrificação, com variante PHEV.
O Superb nasceu em 2001, mas a Combi fez a sua estreia apenas no lançamento, em 2008, da segunda geração de um modelo que, desde o primeiro instante, se destacou pelas suas (enormes) cotas de habitabilidade (a Portugal chegou em Fevereiro de 2010). E, surpreendentemente, 15 anos depois não pára de crescer.
Com mais 4cm de comprimento, esticando o total até aos 4902mm, apresenta-se com uma mala capaz de arrumar 690 litros (quase dois mil com a segunda fila rebatida), que se transforma em múltiplas funcionalidades, graças a redes, barras e detalhes de alinho, como ganchos para pendurar um pequeno saco de compras, que assim não andará à solta.
Também no interior, qualquer um dos passageiros poderá esticar as pernas, sendo que ao espaço desafogado já reconhecido, a Škoda soma conforto, com bancos ortopédicos, certificados pela AGR, associação alemã independente, sediada em Bremervörde, que promove a investigação sobre dores nas costas, que, opcionalmente, podem incluir função de massagem.
Já por fora, o Superb Combi não rasga com o design do passado, mas apresenta várias alterações que lhe dão um toque de modernidade, nomeadamente com a grelha octogonal, os faróis LED (matriz de LED disponível em opção) e um pára-brisas ligeiramente mais inclinado que transforma a sua presença e beneficia a aerodinâmica, assim como o desenho dos retrovisores exteriores ou da linha do tejadilho (o coeficiente de arrasto passou de 0,30 para 0,25, com influência notória em consumos e emissões).
No habitáculo, salta à vista uma boa qualidade percepcionada dos materiais (mesmo em locais mais escondidos, onde costumam ser utilizados plásticos mais duros) assim como melhorias no sistema de conectividade e infoentretenimento, assente num ecrã táctil de 13 polegadas, que se destaca pela qualidade dos grafismos (a facilidade de utilização requererá maior tempo de utilização). Mas, indo ao encontro do que muitos reclamam, não aboliu os botões físicos. Antes, há três botões inteligentes, localizados sob o ecrã, através dos quais se pode controlar o ar condicionado, o mapa da navegação ou os modos de condução.
A consola, que ficou mais limpa com o facto de a alavanca das mudanças ter passado para a coluna da direcção, oferece um tabuleiro para carregamento por indução de telemóveis que usufrui de ventilação para evitar o sobreaquecimento dos aparelhos. Há ainda quatro entradas USB-C de 45W (duas à frente e duas para os passageiros da segunda fila).
O Superb Combi chega ao mercado nacional em Junho, sendo proposto com duas mecânicas: com o Diesel 2.0 TDI de 150cv, desde 50 mil euros, que se pode apresentar com equipamento Laurin & Klement, a partir de 59.900€, e com o híbrido de ligar à corrente, a partir de 49 mil euros e até 56 mil, com mecânica que associa um motor a gasolina 1.4 TSI a um engenho eléctrico para uma potência combinada de 204cv. A variante plug-in, que conta com bateria com capacidade de 26 kWh, consegue uma autonomia eléctrica de mais de cem quilómetros e, além do carregamento em corrente alternada, passa a admitir carregamentos rápidos, a 50 kW (até 80% em 30 minutos).