O Animal de Francisco Froes: “Pensem em ter dois para ele não passar o dia todo sozinho em casa”

Conhecê-los é conhecer a relação que têm com os animais. O actor Francisco Froes divide as festinhas, a atenção e as idas ao parque com os cães Summer e Pumba.

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Francisco Froes com os cães Summer e Pumba Francisco Froes/Instagram
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"Sempre tive cães, coelhos, peixes e até hamsters. A Summer e o Pumba entraram na minha vida quando estava em Los Angeles, em 2016.

Eu e a Rita, a minha companheira, tínhamos acabado de nos mudar para um apartamento novo e queríamos muito ter um cão. Gostávamos de cães grandes e o primeiro a aparecer foi o Pumba, que na altura tinha uns quatro meses. Passados nove meses o Pai Natal trouxe-lhe uma mana, a Summer, para lhe fazer companhia.

Costumamos gozar e dizer que o Pumba é o Bob Marley, porque está sempre bem e tranquilo. Nada o exalta e nada o assusta. Nunca o ouvi rosnar, nem quando tem cães que o chateiam e lhe tiram os ossos ou a comida, ou quando o meu filho mais novo lhe puxa as orelhas. É um cão muito especial nesse aspecto, mais meigo era impossível. Tudo o que quer na vida é ir à rua socializar. Ama a praia e os parques e gosta de explorar tudo o que há. Costumamos jogar à apanhada mas o que ele quer mesmo é ir conhecer outros cães.

A Summer já é muito mais nervosa e se pudesse viver debaixo do meu braço era onde estava melhor. Em casa, está constantemente ao nosso lado e constantemente e pedir festinhas e beijinhos. Se por alguma razão nos baixamos põe o focinho enfiado na nossa cara a pedir beijinhos. É uma cadela maternal e protectora do meu filho bebé e não deixa que outros cães se aproximem. Também não socializa com quase nenhum cão, é obcecada por bolas e, na praia, não há ondas que a travem de jogar ao busca até irmos embora. E, se por acaso não levarmos bola, ela começa a farejar pelo parque e também não pára até encontrar uma.

Sobre os direitos dos animais, gostaria de contribuir para criar uma sociedade que trate os animais com compaixão, dignidade e respeito, onde a sua protecção e bem-estar sejam prioridades fundamentais na nossa legislação e cultura.

O principal conselho para quem quiser ter um animal de companhia é terem primeiro consciência das diferentes tarefas e responsabilidades que vêm com essa decisão e perceber se estão preparados e dispostos a fazê-lo. Às vezes não percebemos que os animais trazem certas obrigações e inconveniências. Coisas tão banais como ir passar um fim-de-semana fora, de repente, obrigam a uma logística diferente. E, no caso dos cães, se vão ter um e têm um trabalho a tempo inteiro fora de casa, pensem em ter dois se tiverem essa possibilidade para ele não passar o dia todo sozinho em casa. O trabalho que nos dá ter dois animais não é muito maior quando eles vivem mais felizes. Para já, não penso ter mais nenhum, mas não vejo a minha vida sem eles."

Depoimento construído a partir de entrevista por email

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