Maria Teresa Horta: “Um país fascista é uma coisa muito perigosa”

Rebelde, inconsciente, apaixonada, aos 86 anos, Maria Teresa Horta continua a “teimar” na luta por uma igualdade de direitos que, insiste, “ainda está por cumprir”.

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Maria Teresa Horta. Homens e mulheres estão "muito longe" de ter os mesmos direitos Joana Bourgard, Isabel Lucas
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Em Março de 1974, Maria Teresa Horta era uma figura pública fortemente associada ao combate ao Estado Novo e à luta pelos direitos das mulheres. Jornalista, escritora, poetisa, ex-membro do grupo Poesia 61, tinha 37 anos, sete livros de poesia publicados —​ o primeiro, Espelho Inicial, em 1960 — e era uma das três autoras de um livro revolucionário, Novas Cartas Portuguesas, com Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa, onde alertavam para a condição da mulher em Portugal. Publicado em 1972, causou escândalo nacional e pouco depois seria traduzido para francês e inglês. Iniciou-se um processo judicial e havia julgamento marcado para 25 de Abril desse ano de 74, justamente no dia em que o antigo regime caiu.

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