“Democracia sim, falocracia não.” Elas também queriam liberdade, mas “o machismo estragou tudo”
Quase 50 anos depois, recordamos a “manifestação que nunca o foi”, em que feministas foram interrompidas por “um mar de homens”. “Nada por dizer, tudo por fazer”, diz quem esteve no Parque Eduardo VII
Lisboa, 13 de Janeiro de 1975. Um pequeno grupo de feministas munidas com cartazes são recebidas no Parque Eduardo VII por cerca de dois mil homens — elas prontas a queimar símbolos de opressão feminina, eles atraídos por uma notícia que prometia um striptease. “O Ano Internacional da Mulher foi inaugurado em Portugal com a mais estrondosa manifestação machista que é possível imaginar”, escreveria poucos dias depois a jornalista Maria Antónia Palla, na revista Século Ilustrado.
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