Susan Sarandon foi ao Congresso apelar ao “cessar-fogo permanente” em Gaza

A guerra entre Israel e o Hamas “é um genocídio”, acusou a actriz, que falou com representantes nos corredores do Congresso norte-americano.

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Susan Sarandon com activistas pró-Palestina EPA/MICHAEL REYNOLDS
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A actriz Susan Sarandon, celebrizada pelo Óscar por A Última Caminhada, andou pelos corredores do Congresso norte-americano, na última quinta-feira, a apelar a um “cessar-fogo permanente” do conflito em Gaza, mostra um vídeo da Al Jazeera​.

“Nunca houve uma paz que tenha sido alcançada através da violência. Temos de ter um cessar-fogo permanente e salvar as vidas de todas as pessoas que estão agora basicamente encurraladas, a ser alvejadas como peixes num aquário.” E resumiu: “Isto é um genocídio.”

A actriz e activista falou aos meios de comunicação social ao lado de um grupo de pessoas que defendem o apoio à Palestina, em frente ao gabinete da deputada democrata do Michigan Rashida Tlaib — a primeira mulher palestino-americana a servir no Congresso dos EUA. Sarandon acusou vários políticos de apoiarem Israel por recearem perder financiamento, nomeadamente do grupo de pressão pró-israelita AIPAC, declarando ter o direito de escolher de que forma os seus impostos são canalizados​.

“Tenho o direito de me opor a que os meus impostos sejam gastos num genocídio”, disse à Al Jazeera. E destacou o facto de os EUA estarem a ajudar Israel, um país com cuidados de saúde, habitação subsidiada e educação gratuita, três áreas que não são garantidas no seu país.

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Rashida Tlaib é a primeira mulher palestino-americana a servir no Congresso dos EUA EPA/MICHAEL REYNOLDS

A visita de Sarandon deu-se dois dias depois de o Senado ter aprovado um pacote de ajuda externa de 95.340 milhões de dólares (mais de 88 mil milhões de euros), com cerca de 14 mil milhões de dólares (12.990 milhões de euros) destinados a Israel.

Susan Sarandon, de 77 anos, viu o seu nome retirado da carteira de clientes da UTA, uma das principais agências de Hollywood, depois de ter feito comentários pró-Palestina, que foram considerados anti-semitas.

Num comício em Nova Iorque de apoio à causa palestiniana, a actriz observou que “há muita gente que tem medo, que tem medo de ser judeu nesta altura”. E concluiu que os judeus na América “estão a sentir o gosto do que é ser muçulmano” — uma declaração que foi interpretada como um incentivo ao sentimento anti-semita.

Mais tarde, Sarandon lamentou as palavras que usou, considerando que o que disse foi “um erro terrível”.

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