Nomeados para os Óscares 2024: o que disseram os críticos do Ípsilon
Amores, incompreensões e alguns aborrecimentos: de Oppenheimer a Pobres Criaturas, de Barbie a Assassinos da Lua das Flores, um resumo das críticas do Ípsilon.
Oppenheimer, de Christopher Nolan, é o mais nomeado para os Óscares, somando 13 nomeações, numa lista, divulgada esta terça-feira, em que também se destacam Pobres Criaturas, do realizador grego Yorgos Lanthimos, com 11, e Assassinos da Lua das Flores, de Martin Scorsese, com dez.
Ao longo dos últimos meses, o Ípsilon escreveu sobre muitos dos filmes nomeados nas principais categorias.
Oppenheimer
Vasco Câmara deu uma estrela ao filme de Christopher Nolan, que, lamenta, quer espectacularizar o “filme de ideias”. Está nomeado para Melhor Filme e noutras 12 categorias.
Pobres Criaturas
Com 11 nomeações para os Óscares, incluindo na categoria de Melhor Filme, a mais recente bizarria do surrealista grego Yorgos Lanthimos estreia-se esta quinta-feira em Portugal. Jorge Mourinha gostou: dá-lhe três estrelas.
Barbie
Sátira ao capitalismo, enorme anúncio a um brinquedo, objecto pop multicolorido — Greta Gerwig fez tudo isto e uma exploração da inocência perdida quando crescemos. Jorge Mourinha deu três estrelas a um dos filmes mais populares (e o mais rentável) de 2023.
Assassinos da Lua das Flores
O último filme de Martin Scorsese dividiu os críticos do Ípsilon. "Um grande filme", considerou Jorge Mourinha. "Interminável suplício de três horas e meia", escreveu Luís Miguel Oliveira.
A Zona de Interesse
Um desafio ao espectador: ver Auschwitz não pelo olhar das vítimas, mas pela vida dos carrascos. É o que Jonathan Glazer faz na sua adaptação livre do romance de Martin Amis. Jorge Mourinha deu-lhe quatro estrelas e conversou com o realizador.
Maestro
O filme de Bradley Cooper “transcende gavetas”. “História da vida de Leonard Bernstein e Felicia Montealegre, é um filme literalmente vindo de outro tempo, mas também um boy meets girl que só nos nossos dias podia ser feito.” Quatro estrelas, na bitola de Jorge Mourinha.
Dias Perfeitos
Está nomeado para o Óscar de Melhor Filme Internacional. “É uma bela miniatura do cinema de Wim Wenders. Ao reabilitar o cineasta alemão, reabilita a nossa própria história de espectadores.” Vasco Câmara deu-lhe quatro estrelas.
A Sociedade da Neve
Melhor Filme Internacional? “Um mau filme americano feito por europeus”, classifica Luís Miguel Oliveira. Uma solitária estrela.
A Incrível História de Henry Sugar
Aparece nomeado na categoria de Melhor Curta-metragem. É Wes Anderson no mundo de Roald Dahl. Luís Miguel Oliveira só o considerou razoável.
Nyad
Jorge Mourinha avisara: em Nyad, Annette Bening está em estado de graça. A intérprete está nomeada para Melhor Actriz Principal.
May December: Segredos de um Escândalo
Está nomeado ao Óscar de Melhor Argumento Original. Atira-se às convenções da telenovela para as desmontar com elegância, inteligência e duas actrizes em jogo permanente de avanços e recuos", escreveu Jorge Mourinha, que lhe deu três estrelas.
O Rapaz e a Garça
Concorre na categoria de Melhor Filme de Animação. Será o último filme do mestre japonês da animação Hayao Miyazaki? Na verdade, pouco importa: ninguém conta histórias como Miyazaki, como este filme confirma. Mereceu quatro estrelas de Jorge Mourinha.
Homem-Aranha: Através do Aranhaverso
Criação do português Joaquim Aranha dos Santos, Kemp Powers e Justin K. Thompson, também está nomeado para Melhor Filme de Animação. Jorge Mourinha deu-lhe três estrelas e meia. Titulou: “E, agora, um Homem-Aranha completamente diferente”.
Elemental
A Academia apreciou (está nomeado para Melhor Filme de Animação), Jorge Mourinha nem tanto. Da Pixar "já se espera o luxo visual, mas esta comédia romântica sobre a química natural é demasiado igual a muitas outras coisas para ser mais do que apenas simpática"
Indiana Jones e o Marcador do Destino
O último filme da icónica personagem de Harrison Ford só está nomeado para o Óscar de Melhor Banda Sonora Original. Luís Miguel Oliveira também não o adorou.
O Conde
Está nomeado para Melhor Fotografia. Vasco Câmara fez um pedido a Pablo Larraín: por favor, “não nos morda mais o pescoço”.