Um corpo que lança balas de kuduro: Boca Fala Tropa no Porto
O bailarino e coreógrafo Gio Lourenço evoca a guerra civil de Angola, a história do kuduro, memórias individuais e colectivas. Esta sexta e sábado no Teatro Campo Alegre, em Fevereiro no GUIdance.
Nos anos 1990, a mãe de Gio Lourenço fazia grandes festas em casa aos fins-de-semana. No Bairro do Fim do Mundo, no concelho de Cascais, juntava angolanos, cabo-verdianos, santomenses e guineenses de vários bairros da vizinhança. Ao longe, em Angola, terra natal de Gio, decorria uma guerra civil que viria a durar quase três décadas e que adiava a verdadeira independência de um país. Ao perto, ouvia-se as histórias do conflito, ao mesmo tempo que se ouvia kuduro, género de dança e de música nascido em tempos de guerra.
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