Pedro Nuno Santos diz que resposta aos problemas do SNS não passa por desistir deste

O encontro dedicado à saúde contou com a presença de Graça Freitas, Francisco George, Constantino Sakellarides e Álvaro Beleza.

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Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, irá estar presente em vários encontros sectoriais para preparar o programa do PS LUSA/ANTÓNIO PEDRO SANTOS
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O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, admitiu, no sábado, haver problemas no Serviço Nacional de Saúde (SNS), referindo que a resposta aos mesmos não passa por desistir daquele sistema, como alguns partidos já fizeram. No final de uma reunião na sede do PS, em Lisboa, com personalidades do sector da saúde, Pedro Nuno Santos disse aos jornalistas que daquele encontro "sai uma nota de muita confiança ao SNS".

"Esta nota de confiança do SNS é muito importante, quando há partidos que se apresentam a eleições desistindo à partida do SNS. O PS não desiste do SNS, o PS quer continuar a apostar e a investir no SNS, o serviço que permite que todos os portugueses, independentemente das suas condições financeiras, sejam tratados e sejam tratados com qualidade. Isso não quer dizer que não tenhamos problemas no SNS. Não achamos é que a resposta a esses problemas passe por desistir do SNS", afirmou.

Da reunião "muito longa e participada", que começou pelas 15 horas e durou cerca de seis horas, "saíram ideias e propostas" e, segundo Pedro Nuno Santos, "algumas vão estar vertidas no programa eleitoral do PS", que o partido deverá apresentar no início de Fevereiro. A reunião deste sábado foi a primeira de várias que o PS irá promover no âmbito da construção do programa eleitoral para as eleições legislativas de 10 de Março.

O encontro dedicado à saúde contou com a presença, entre outros dos antigos directores-gerais de Saúde Graça Freitas, Francisco George e Constantino Sakellarides, do antigo ministro Correia de Campos e dos médicos Daniel Sampaio, Eduardo Barroso e Álvaro Beleza.

O secretário-geral do PS recordou que está em curso uma reforma de reorganização e gestão do SNS, mas admitiu que "há muito para fazer, que ainda hoje não é feito, pelo menos não é feito de forma suficiente". "Nomeadamente no que diz respeito à saúde oral, também no que diz respeito à saúde mental, onde temos que fazer um investimento muito importante, nomeadamente nos cuidados de saúde primários, mas também no envelhecimento", especificou.

Pedro Nuno Santos considera que o SNS "tem que se adaptar a uma população mais envelhecida e tem que ter uma resposta para a população mais envelhecida do país". O PS, disse, quer "um SNS defendido, protegido, que vê reformada a sua organização e gestão, que valoriza os médicos, os enfermeiros, os técnicos e os assistentes, e que quer continuar a dar novas respostas, a procurar novas respostas no SNS".

Em relação aos profissionais de saúde, o secretário-geral do PS considerou ser "importante rever e olhar para as carreiras", mostrando vontade em "encontrar soluções", para que quem trabalha no SNS se sinta valorizado. Pedro Nuno Santos admitiu que é preciso "actuar em várias frentes" e defendeu que o SNS é "um dos principais activos que o povo português tem" e que "o PS quer defender".