Bombeiros decidem esta segunda-feira se vão cobrar taxas aos hospitais por retenção de macas

Penalização pode chegar aos 300 euros por sete horas de espera.

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No pico da gripe, as ambulâncias têm ficado retidas às portas das urgências durante várias horas Nuno Ferreira Santos (arquivo)

A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) decide esta segunda-feira se as corporações vão passar a cobrar uma taxa aos hospitais que retenham macas de ambulâncias, uma penalização que pode chegar aos 300 euros por sete horas.

O conjunto de sobretaxas a aplicar aos hospitais pela retenção das macas das ambulâncias deverá ser aprovada na reunião do Conselho Executivo da LBP, que se realiza em Gouveia, distrito da Guarda.

A medida vai ser também um dos temas da reunião que a LBP vai manter, na terça-feira, com a Direcção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Se desta reunião não sair uma "alternativa", a Liga garante que a cobrança da taxa aos hospitais entra em vigor na quarta-feira.

Segundo a LBP, a primeira hora de retenção das macas nos hospitais será grátis, uma vez que está incluída no transporte do doente urgente, mas "as horas seguintes serão cobradas com uma "taxa suplementar".

"As primeiras duas horas para além da hora inicial serão taxadas a 50 euros, o segundo bloco, de duas horas a 100, o terceiro bloco de duas horas a 150. Ou seja, se fizerem uma retenção de uma ambulância durante sete horas à porta do hospital, vamos apresentar o ressarcimento para as nossas despesas em 300 euros", explicou o presidente da LBP, António Nunes.

Por falta de espaço, centenas de doentes têm ficado à espera de atendimento nas macas dos bombeiros ou até mesmo dentro das ambulâncias, o que impede a utilização das viaturas de socorro para outros episódios de urgência.