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O Rolex de Marlon Brando foi a leilão, mas está dependente de uma disputa legal

Um relógio Rolex GMT-Master, que pertenceu a Marlon Brando e que foi vendido por mais de 5 milhões, está entre os cerca de 100 relógios congelados por ordem do tribunal.

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Relógio Rolex GMT-Master que pertenceu a Marlon Brando Bloomberg/Andy Hoffman
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Um relógio Rolex GMT-Master que pertenceu a Marlon Brando e que foi vendido por mais de cinco milhões de dólares (4,6 milhões de euros) está entre os cerca de 100 relógios congelados por ordem do tribunal numa disputa legal entre um coleccionador e a casa de leilões Christie's.

Mohammed Zaman, um homem de negócios de Omã e coleccionador de relógios, apresentou uma queixa civil em Genebra depois de a Christie's ter leiloado 113 relógios da sua colecção pessoal, a 6 de Novembro, por um total de 42,4 milhões de dólares (perto de 40 milhões de euros).

Segundo a Christie's, um tribunal de Genebra ordenou que os relógios permanecessem guardados a sete chaves na casa de leilões até à resolução do caso. Entre eles está o relógio que Brando usou no filme Apocalypse Now, que se distingue pela falta da luneta e pelo nome do actor gravado.

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Fundo gravado do relógio que Marlon Brando usou em Apocalypse Now Bloomberg/Andy Hoffman

A Christie's disse aos licitantes vencedores para não efectuarem o pagamento de quaisquer relógios arrematados no leilão de 6 de Novembro até que o assunto esteja resolvido.

“O senhor Zaman está, lamentavelmente, a impedir a Christie's de entregar os relógios”, afirmou um porta-voz da casa de leilões num comunicado. “A Christie's tomou medidas imediatas para contestar esta interferência no processo de venda e espera uma resolução rápida.”

Rodolphe Gautier, o advogado de Genebra que representa Zaman na disputa, disse que “não tem intenção de comentar os processos pendentes e vai dirigir as explicações aos tribunais responsáveis”.

A queixa foi apresentada ao abrigo do Código Civil Suíço das Obrigações, que diz que uma parte interessada pode fazer “uma reclamação para evitar um leilão cujo resultado tenha sido influenciado por meios ilegais ou imorais”.

A Christie's, que é propriedade do multimilionário francês François Pinault, disse que nega quaisquer alegações e está a tentar resolver o litígio para poder libertar os relógios.

“Lamentamos que o senhor Zaman não reconheça o sucesso comercial recorde da venda da Passion for Time, que foi o maior total alcançado por uma colecção de relógios de um único proprietário em leilão até à data”, afirmou.

No dia do leilão, os procedimentos foram atrasados durante quase uma hora depois de a Christie's ter dito que um “terceiro garante” tinha feito uma oferta de reserva para cada relógio da colecção. A licitação de reserva garante um preço mínimo para os lotes, e o fiador recebe uma parte dos honorários por qualquer relógio vendido acima desse montante.

A estimativa baixa de cada relógio em venda também foi alterada, elevando o preço mínimo total da licitação para mais de 35 milhões de francos suíços (40 milhões de dólares), contra cerca de 19 milhões de francos anteriormente.

Isto significou que muitos potenciais licitantes, que esperavam poder fazer ofertas aos preços de estimativa baixa impressos no catálogo do leilão semanas antes, ficaram sem sorte.

“O que aconteceu com o leilão Zaman foi sem precedentes num leilão de relógios”, disse Eric Wind, um negociante de relógios em Palm Beach, Florida, que trabalhou anteriormente na Christie's.

A audiência relativa a este caso está marcada para 11 de Dezembro em Genebra.

O Business Montres, um site de Genebra que cobre a indústria relojoeira suíça, foi o primeiro a escrever sobre a disputa legal entre Zaman e a Christie's.


Exclusivo PÚBLICO/The Washington Post

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