Adesão à greve nas escolas deverá aumentar no final da semana, diz líder do Stop

Professores e não docentes em greve até dia 29. Sindicato espera aumento da adesão durante a semana e marca concentração na AR para o dia da votação final global do Orçamento do Estado para 2024.

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Greve de profissionais da educação vai prolongar-se durante duas semanas e meia Manuel Roberto
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Iniciou-se esta segunda-feira uma greve nas escolas, de docentes e não docentes, que se vai prolongar durante duas semanas e meia. Ao final da manhã deste primeiro dia de paralisação, o líder do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (Stop), André Pestana, referiu ao PÚBLICO que, apesar de ainda não dispor de dados sobre a adesão, espera que o impacto aumente no final desta semana. A greve prolongar-se-á até 29 de Novembro, dia da votação final global do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), e vai terminar com uma concentração em frente à Assembleia da República, convocada pelo sindicato.

"O primeiro-ministro continua em funções e o OE2024 continua em discussão e vai a votação no dia 29 de Novembro e, por isso, houve essa nossa ponderação sobre o que fazer [desconvocar ou não a greve]. Isto gerou alguma desmobilização dos colegas, que nos têm transmitido isso mesmo e que, perante esta situação, estão agora a organizar-se nas escolas", explicou o líder do Stop, para perspectivar que "deverão existir mais escolas encerradas para o final desta semana e na próxima".

André Pestana esteve na manhã desta segunda-feira numa escola em Azeitão, que encerrou devido à greve dos profissionais da educação, e onde se concentraram docentes e não docentes com cartazes alusivos aos protestos na educação para vocalizar as reivindicações da classe.

"Os colegas não só fizeram greve, que levou ao encerramento da escola, como fizeram questão de lá estar para passar uma mensagem muito forte: o OE2024 continua a não responder aos problemas concretos que temos como a falta de professores, terapeutas, psicólogos, assistentes operacionais, assistentes técnicos", exemplificou o sindicalista.

O Stop deixa ainda a nota de que "venha quem vier no próximo Governo, mais à esquerda ou mais à direita, se não investir a sério na escola pública, esta luta não vai parar". A organização sindical é crítica em relação à proposta de OE2024 para o sector da educação e considera que "não investe, efectivamente, na escola pública, nem na dignificação de todos os que lá trabalham e estudam".

No mês passado o Stop anunciou uma manifestação para 18 de Novembro, que foi cancelada e substituída pela concentração em frente ao Parlamento. Os protestos foram decididos por comissões sindicais e de greve, que reuniram no sábado para decidir sobre a sua manutenção após a demissão de António Costa. Já a greve, conforme explicou Pestana à data do anúncio da paralisação, foi decidida entre mais de 100 comissões de greve e será organizada em cada escola e agrupamento, como no ano lectivo anterior, através dos fundos de greve.

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