Passou-se quase um ano desde que Céline Dion anunciou que ia cancelar a sua digressão internacional por ter sido diagnosticada com síndrome de pessoa rígida. Agora a cantora canadiana está de volta para leiloar as letras das suas canções, escritas à mão pela própria, em prol da luta contra a doença neurológica que a afastou da música.

Estão a ser leiloadas, entre 200 e 600 dólares (185 a 560 euros), duas das canções compostas pela artista. Em destaque, The prayer, de 1999, que gravou em dueto com o tenor italiano Andrea Boccelli — já com três ofertas no leilão. A canção está escrita por cima de pauta musical numa folha assinada por Céline Dion.

Está ainda a leilão a nova canção The gift, parte do filme Love Again, protagonizado por Priyanka Chopra e Sam Heughan. Além de um papel com a letra escrita pela artista, a oferta inclui o CD autografado da banda sonora do filme.

Céline Dion não é a única artista que está a leiloar as canções. Na colecção estão outros cantores lendários como Garth Brooks, Hozier ou Rick Springfield. O preço inicial para todas as canções é o mesmo. A licitação começa na segunda-feira, 30 de Outubro, e prolonga-se até 14 de Novembro, com um leilão presencial no Hard Rock Café, em Nashville, no Tennessee, Estados Unidos, que também será transmitido online no site da Julien’s Auctions.

“Esta casa tem a honra e o privilégio de, mais uma vez, fazer parceria com a Music Health Alliance na nossa iniciativa anual para arrecadar dinheiro para melhores cuidados de saúde”, salientou Martin Dolan, fundador da leiloeira, em comunicado citado pelo Daily Mail. O responsável confessou ainda estar “entusiasmado” por este leilão dar oportunidade ao público “de ter estas letras especiais e únicas de algumas das músicas mais importante da história”, ao mesmo tempo que apoiam “uma causa importante”.

No caso de Céline Dion, os lucros vão reverter para a luta contra a doença do sistema imunológico com que foi diagnosticada em 2022 e que afecta uma pessoa em cada milhão de habitantes. Apesar de ser rara e de não existirem ainda muitos dados sobre a síndrome da pessoa rígida, manifesta-se sobretudo por rigidez muscular, espasmos dolorosos e uma perda progressiva de autonomia.

É por isso que a canadiana não consegue cantar ao vivo. “Às vezes, os espasmos até dificultam que consiga andar e não me permitem usar as cordas vocais como fazia antes”, confessou a artista no vídeo onde anunciava a doença, visivelmente emocionada, e adiava a digressão mundial. Desde 2020 que a cantora não sobe ao palco.