Ben Shelton cumpre profecia e estreia-se a vencer no ATP Tour

O norte-americano de 21 anos imitou o pai, Bryan, também detentor de dois títulos no circuito ATP.

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Reuters/ANDRONIKI CHRISTODOULOU
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Desde 1968, apenas três duplas pai-filho tinham conquistado títulos individuais no circuito principal de ténis. Mas já se esperava que Ben Shelton fosse integrar essa restrita lista, ao lado do pai Bryan Shelton, antigo 55.º mundial, principalmente após o Open da Austrália, o primeiro torneio em que competiu fora dos EUA e em que chegou aos quartos-de-final. Dez meses depois, a profecia cumpriu-se este domingo, em Tóquio; aos 21 anos, Ben conquistou o Kinoshita Group Japan Open Tennis Championships e imitou o pai, detentor de dois títulos ATP, ambos em Newport, em 1991 e 1992.

Na final do torneio da categoria ATP 500, o esquerdino americano derrotou o russo Aslan Karatsev (50.º), por 7-5, 6-1, mas três das quatro rondas anteriores foram ganhas no terceiro set. Na meia-final, teve mesmo que recuperar de 6-7, 2-5, frente ao compatriota Marcos Giron.

“Ultimamente, tenho ido longe nos torneios, só que eu olho para os grandes campeões e eles fecham as semanas a vencer. Conquistam títulos, não vão apenas às finais. Conseguem manter o seu nível durante a semana. Não estou a dizer que já estou a esse nível, mas fazê-lo uma vez, somar cinco vitórias consecutivas em Tóquio, é mesmo especial”, afirmou o mais jovem campeão em Tóquio desde Lleyton Hewitt, vencedor em 2001 com 20 anos.

Shelton está determinado em terminar a época ao mais alto nível, depois de ter somado somente sete vitórias nos 25 encontros realizados no ATP Tour entre Fevereiro e Agosto, antes de reencontrar a eficácia do seu ténis extremamente ofensivo em Setembro e tornar-se no mais novo norte-americano a atingir as meias-finais do US Open desde Michael Chang, em 1992.

“Estou mesmo ansioso por este longo final de ano, é uma grande oportunidade para mim. No início da época, perdi muitos encontros logo no início da semana, daí o meu registo não ser muito positivo e, por isso, sinto-me fresco. E ansioso por terminar a época forte”, frisou o tenista que subiu quatro lugares no ranking ATP, para 15.º. E com Taylor Fritz (9.º), Tommy Paul (12.º) e Frances Tiafoe (14.º), é a primeira vez desde 1997 que os EUA contam com quatro representantes no top-15 masculino.

Shelton elevou igualmente as esperanças em estar presente nas ATP Finals, dentro de três semanas, ao subir para 14.º na Corrida para Turim. De momento, apenas quatro dos oito lugares estão assegurados, por Carlos Alcaraz, Novak Djokovic, Daniil Medvedev e Jannik Sinner. Pelo menos, a presença nas Next Gen ATP Finals, onde os melhores sub-22 vão disputar em Jeddah, está garantida por Shelton, caso não se qualifique para o evento italiano.

No lado oposto da faixa etária, Gael Monfils tornou-se no quarto homem (desde 1990) a triunfar no ATP Tour com mais de 37 anos, juntando-se a Roger Federer, Ivo Karlovic e Feliciano Lopez. O francês, que já tinha ganhado o torneio de Estocolmo em 2011, somou a segunda vitória na capital sueca, ao vencer, na final do BNP Paribas Nordic Open, o russo vindo do qualifying, Pavel Kotov (81.º), por 4-6, 7-6 (8/6) e 6-3.

O 12.º título de Monfils no circuito ATP – e o primeiro desde que foi pai – permitiu-lhe subir do 140.º para o 89.º posto do ranking.

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