França quer proibir cigarros electrónicos descartáveis
Primeira-ministra, que anunciou a apresentação próxima de um plano nacional contra o tabagismo, lamentou que o consumo tenha aumentado e insistiu que causa “75 mil mortos por ano”.
O Governo francês quer dar uma reviravolta na luta contra o tabaco, depois de constatar que o consumo aumentou, pelo que tenciona proibir os cigarros electrónicos descartáveis, que constituem uma porta de entrada ao hábito nos jovens.
Em entrevista emitida este domingo pela RTL, a primeira-ministra, Élisabeth Borne, justificou a medida afirmando que os cigarros dão maus hábitos aos jovens. “Pode dizer-se que não há nicotina, mas é um reflexo e um gesto ao qual os jovens se habituam. É assim que começam a fumar”.
A primeira-ministra, que anunciou a apresentação próxima de um plano nacional contra o tabagismo, lamentou que o consumo tenha aumentado e insistiu que causa "75 mil mortos por ano", um número “enorme”.
Recordou que os impostos sobre o tabaco, que aumentaram este ano, não voltarão a subir brevemente, sublinhando: “Isso não quer dizer que não estejamos muito atentos” ao consumo.
A 30 de Abril, um colectivo de médicos especialistas em tabagismo e defensor do meio ambiente lançou uma petição pela proibição dos cigarros electrónicos descartáveis, que chegaram ao mercado francês em 2021, porque, além das consequências na saúde, representam um sério problema para o ambiente, já que contêm materiais plásticos e uma bateria de lítio.