Médicos iniciam greve nos Açores, Alentejo e Algarve

Profissionais exigem ao Governo uma resposta efectiva ao caderno reivindicativo sindical. Paralisação dura dois dias.

Foto
Paralisação dura dois dias Manuel Roberto
Ouça este artigo
00:00
01:39

Médicos que exercem funções nos Açores, Alentejo e Algarve iniciam esta quarta-feira uma greve de dois dias convocada pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM) para exigir do Governo uma resposta efectiva ao caderno reivindicativo sindical.

A greve regional convocada pelo SIM, que teve início às 00h desta quarta-feira e termina às 00h de sexta-feira, implica “a paralisação total e com ausência dos locais de trabalho” dos médicos que trabalham nos estabelecimentos de saúde na Região Autónoma dos Açores, na área da Administração Regional de Saúde do Alentejo e na área da Administração Regional de Saúde do Algarve.

O Sindicato Independente dos Médicos adianta no pré-aviso de greve, divulgado há dez dias, que a “luta dos trabalhadores médicos visa fazer com que o Governo dê uma resposta efectiva ao caderno reivindicativo sindical”.

Os médicos reivindicam também “o urgente encerramento da actividade da mesa negocial constituída entre o Governo e o SIM, e que, especifica e prioritariamente, seja apresentada pelos ministros das Finanças e da Saúde uma proposta de Grelha Salarial que reponha a carreira das perdas acumuladas por força da erosão inflacionista da última década e que posicione com honra e justiça toda a classe médica, incluindo os médicos internos, na Tabela Remuneratória Única da função pública”.

Os sindicatos representativos dos médicos e o Governo concluíram a 10 de Agosto uma quinta reunião negocial extraordinária, em Lisboa, sem chegar a acordo sobre a revisão da grelha salarial, principal item do caderno reivindicativo apresentado à mesa das negociações, iniciadas em 2022, estando agendada uma nova reunião negocial para 11 de Setembro.

Durante Agosto e Setembro, o Sindicato Independente dos Médicos tem agendadas greves noutras regiões do país.