Quando o Verão parecia infinito

Um livro que nos reenvia para aquele tempo em que as férias eram (mesmo) grandes.

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“O livro quer prestar tributo aos dias longos de Verão” , diz a editora, Inês Castel-Branco, Verónica Fabregat
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Com a ajuda de todos, a bicicleta que ficara atolada na areia conseguiu seguir o seu caminho Verónica Fabregat
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Uma das crianças distraiu-se a observar um bando de aves e perdeu-se do grupo Verónica Fabregat
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Um “livro silencioso”, sem texto, que se segue ao Brincamos às Escondidas, da mesma autora Verónica Fabregat
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Capa de Vamos à Praia, edição da Akiara Books Verónica Fabregat
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Sete amigos vão de bicicleta para a praia. Atravessam um pinhal, um sapal e, finalmente, um areal. Pelo caminho, um ficou com a bicicleta atolada na areia e outro distraiu-se a observar um bando de aves.

Com a ajuda de todos, a bicicleta conseguiu seguir o seu caminho. Já o pequeno distraído perdeu-se do grupo.

Vamos à Praia é um “livro silencioso”, sem texto, que se segue ao Brincamos às Escondidas, da mesma autora, em que também um dos amigos desaparece. Mas não se apoquentem, ambos têm finais felizes.

Verónica Fabregat recria aqui um dia na praia com muitas brincadeiras. Construções na areia, apanha de caranguejos, pesca, leituras, papagaios de papel, jogos com bola e mergulhos preenchem um daqueles dias de praia que muitos adultos recordarão das suas “férias grandes”. Quando eram mesmo grandes.

Diz a editora, Inês Castel-Branco, “o livro quer prestar tributo aos dias longos de Verão, aos passeios de bicicleta e a todas as brincadeiras que os amigos podem viver na praia, sem pressas e sem intervenção dos adultos”.

Livros sem palavras rompem fronteiras

Usando apenas lápis de cor, a ilustradora e designer gráfica de Castellón de la Plana (Espanha) remete-nos para um registo antigo, mas não ultrapassado, e convida-nos a explorar os pormenores de cada imagem: um pequeno barco que se avista lá longe no horizonte, uma estrela-do-mar escondida entre as rochas ou um dedo mordido por um caranguejo. Tudo com cores naturais.

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Sete amigos vão de bicicleta para a praia. Atravessam um pinhal, um sapal e, finalmente, um areal Verónica Fabregat

O primeiro livro desta colecção, intitulada Akimira: Jogos sem Palavras, foi seleccionado para a 10.ª edição do projecto Silent Books da Biblioteca de Lampedusa (Itália), que “reúne os melhores livros ilustrados sem palavras de todo o mundo”.

Esta iniciativa começou em 2012, “em resposta às vagas de refugiados provenientes de África e do Médio Oriente que chegavam à ilha italiana. Os livros sem palavras permitiam assim romper as fronteiras culturais e linguísticas entre as crianças locais e imigrantes”, explica-se na divulgação da Akiara Books.

Verónica Fabregat descreve assim o seu trabalho: “Estudei Desenho e mais tarde Ilustração para poder dar forma a todas as histórias que me ocorrem e que vou apontando cuidadosamente na última página de um bloquinho que levo sempre comigo.”

As suas duas paixões são desenhar e viajar. “Então, encho esse caderno de desenhos e gatafunhos, de gamas de cores e palavras que descrevem, dia a dia, a viagem. Assim posso recordá-la para sempre.”

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Um daqueles dias de praia que muitos adultos recordarão das suas “férias grandes”. Quando eram mesmo grandes Verónica Fabregat

Às vezes, cansa-se de ambas. E faz assim: “Aproximo-me da natureza e ato às árvores, às pedras e às ondas esse fio invisível que nos une ao essencial. Então aparecem novas paisagens, por dentro e por fora, que me inspiram para voltar a pegar nos lápis”. Ainda bem para nós.

Como em todos os dias felizes de Verão entre amigos, também em Vamos à Praia há aquele momento fresco em que se come um gelado.

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