JMJ de Lisboa: caso de sucesso ou wishful thinking?

A presença de figuras do Estado em quase todos os momentos da agenda papal foi despropositada e constituiu a singularidade portuguesa desta Jornada Mundial da Juventude.

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Despedida do Presidente da República e do primeiro-ministro do Papa Francisco neste domingo, em Figo Maduro Tiago Petinga/Pool via REUTERS
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A presença de um milhão e meio de pessoas nas duas últimas celebrações da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de Lisboa surpreendeu grande parte do mundo, inclusive dentro da Igreja Católica, sobretudo depois de os dirigentes eclesiais e as autoridades civis portuguesas terem considerado um sucesso, que superava expectativas, números tão díspares como os dos 200 mil (dia 1 de agosto) ou 800 mil participantes (dia 4 de agosto). O número final (1 milhão e meio) foi dado pela Santa Sé e não pelo Estado português, o que também foi inesperado.

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