A casa italiana Fendi invadiu a antiga casa da bolsa de valores em Paris, nesta quinta-feira, para a apresentação da próxima colecção de alta-costura. O director criativo, Kim Jones, misturou uma linguagem contemporânea repleta de luz com a sensualidade dos vestidos formais.
As modelos desfilaram com convicção pela passerelle montada em mármore, num cenário branco a contrastar com o neoclássico Palais Brongniart, ao som de ópera.
A colecção marcou pela diferença nas silhuetas aparentemente simples e esguias, mas com um elaborado trabalho das técnicas de drapeado, sem bainhas aparentes — de tal maneira que o tecido parecia não ter qualquer peso e flutuava.
Para abrir o desfile, sempre um dos coordenados a destacar, Kim Jones elegeu um vestido nude comprido de saia rodada com assimetria nos ombros, cobrindo apenas um deles. À volta da cintura, atado de forma imaculada.
Dominaram, ainda, os coordenados monocromáticos, entre os pastéis e o preto, conjugados com saltos pesados ou curvados, a imitar as botas de estilo cowboy. Nas mãos, carteiras delicadas seguradas junto ao peito.
Para adicionar textura nas silhuetas minimalistas, os casacos e as calças foram adornados com grandes cristais, enquanto as peças em pêlo — uma das assinaturas da marca — foram usadas com os ombros descaídos, evocando leveza.
Na primeira fila do desfile, como já vem sendo costume, não faltaram estrelas internacionais, como as cantoras Cardi B, Camila Cabello e Shakira, ou ainda a actriz Naomi Watts.
Por fim, Kim Jones agradeceu os aplausos de mão dada com Delfina Delettrez Fendi, directora artista de joalharia e descendente da família Fendi, que fundou a casa de Roma em 1925. O criador britânico é ainda director criativo de moda masculina na Dior, que pertence, tal como a Fendi, ao conglomerado de luxo LVMH.
A semana de alta-costura em Paris encerrou nesta quinta-feira. A moda volta à cidade das luzes em Setembro para apresentar as colecções de pronto-a-vestir feminino.