Património Cultural e Museus: agora é que vai ser?

A reforma agora anunciada constitui talvez a melhor perspectiva que se abre ao Património Cultural e aos Museus desde há muitas décadas. É uma revolução, em que é legítimo depositar esperanças. A ver.

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Em décadas de administração pública, habituámo-nos vezes sem conta a ouvir dizer “agora é que vai ser”. De uso, tal acontece em ciclos de mais ou menos dez anos, quando as reformas anteriores mostram toda a sua ineficácia e quem as protagonizou já não tem a influência que teve. O mal do passado é então atribuído aos opositores políticos e tudo segue em frente, a caminho de novo impasse. De tanto logro, tornámo-nos descrentes. E mais suspeitosos ficamos quando não vemos os políticos assumirem com frontalidade erros passados dos seus partidos, entretendo-se em acrobacias como a de remeter a criação da Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) para o Governo de Passos Coelho, quando na verdade ela foi concebida durante o Governo de Sócrates, por secretário de Estado que até aceitou depois ser desgraduado em director-geral para a concretizar plenamente no governo seguinte.

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