Prémios Melhores Vinhos do Alentejo: Um ano muito forte e de ouro

Num ano muito bom para o vinho, a Confraria de Enófilos do Alentejo entregou medalhas de ouro ao branco Herdade de São Miguel Esquecido 2021, ao tinto Cartuxa Reserva 2017 e ao rosado Maré Viva 2022.

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O Cartuxa Reserva 2017, da Fundação Eugénio de Almeida, venceu a medalha de ouro na categoria dos tintos
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A medalha de ouro nos vinhos brancos foi atribuída ao Herdade de São Miguel Esquecido 2021, da Casa Relvas
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Nos rosados, destacou-se o Maré Viva 2022, da Adega Cooperativa de Redondo
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Com perto de uma dezena de vinhos avaliados com distinção (mais de 90 pontos), entre os esmagadoramente maioritários tintos e os brancos em crescendo, a décima edição do Melhores Vinhos do Alentejo, concurso promovido pela Confraria de Enófilos do Alentejo, registou um muito bom ano para a região.

As medalhas de ouro foram entregues, na passada sexta-feira, na Casa do Alentejo, em Lisboa, ao vinho tinto Cartuxa Reserva 2017, da Fundação Eugénio de Almeida, ao branco Herdade de São Miguel Esquecido 2021, da Casa Relvas, e ao vinho rosado Maré Viva 2022, da Adega Cooperativa de Redondo.

“Foi um muito bom ano de vinho no Alentejo”, assume Francisco Pimenta, escanção-mor da Confraria dos Enófilos do Alentejo. “Os tintos destacam-se sempre no Alentejo, mas, para uma região quente, é de salientar a qualidade dos vinhos brancos, vários com pontuação acima dos 90 pontos [em 100]. Tintos houve oito ou nove de ouro, mas também dois ou três brancos”, justifica.

O escanção faz uma apreciação global que dá conta da complexidade de vinhos muito completos. Os tintos, afirma, são “estruturados, densos de cor, e macios, mas com alguma acidez”. “É relevante dizer que são mais elegantes, menos austeros”, acrescenta.

Já os brancos, diz, são “frescos, frutados e ainda mantêm alguma estrutura”, enquanto os rosados “têm vindo a ganhar espaço, surgindo cada vez mais vinhos a concurso”.

Em relação aos grandes vencedores do concurso, Francisco Pimenta mostra-se rendido. Sobre o tinto Cartuxa Reserva 2017, da Fundação Eugénio de Almeida, diz: “É um vinho com uma grande complexidade aromática e de grande elegância. É um vinho cheio, estruturado e denso na boca, mas que ainda assim termina de forma suave e prolongada e persistente.”

Já o branco Herdade de São Miguel Esquecido 2021, da Casa Relvas, é, para o escanção, “um vinho com uma grande frescura, boa intensidade e boa complexidade aromática”. “Depois, é um vinho que, tendo alguma estrutura na boca, é muito macio e acaba com um final de boca muito prolongado”, conclui.

Em relação ao rosado Maré Viva 2022, da Adega Cooperativa de Redondo, destaca “a cor muito bonita, de um salmão a dar para o rosa”. “É um vinho muito fresco, quer no aroma, quer na boca. Cumpre com nota muito positiva o seu papel, tratando-se de um vinho de entrada e de aperitivo”, analisa.

Muito bom ano

O concurso avaliou 136 vinhos de 51 produtores de todas as áreas e sub-regiões vinícolas alentejanas. Foram destacadas 26 referências, com medalhas de ouro, prata e bronze (para vinhos tintos, brancos e rosados), tendo 17 merecido menções honrosas.

As referências foram provadas, classificadas e seleccionadas pelos 25 jurados especialistas do sector.

As medalhas de prata foram entregues ao branco Paulo Laureano Private Selection 2019 (PL Wines), ao rosado Herdade de São Miguel 2022 (Casa Relvas) e ao tinto Herdade das Servas Reserva 2017 (Serrano Mira). Na categoria bronze, as medalhas foram para o branco Margaça Reserva 2021 (Sociedade Agrícola de Pias), o rosado Convés 2022 (Enolea) e o tinto Monte Cascas Grande Reserva 2015 (Casca Wines). Por tudo isto, como concluiu Francisco Pimenta, tratou-se de “um muito bom ano de vinho no Alentejo”.

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