Mal Viver/Viver Mal e outras sugestões de cinema para esta semana

O Ípsilon e o Cinecartaz propõem cinco filmes para ver em sala ou em casa, com uma sugestão especial para os cinéfilos mais pequeninos.

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Mal Viver
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Viver Mal
,Oscar de Melhor Longa-Metragem Internacional
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Vadio
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Annie Ernaux - Os Anos Super 8
,Kaonashi (sem rosto)
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A Viagem de Chihiro
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Dois filmes que podem ser vistos separadamente ou como um só. No centro do primeiro está uma família burguesa que tenta manter de pé um velho hotel. Nesse cenário, durante um fim-de-semana, cinco mulheres de três gerações diferentes vivem um conflito antigo e aparentemente insolúvel. Já em Viver Mal, a história revolve em torno dos clientes que ali se encontram, que interagem sob um clima de tensão, manipulação e ressentimento.

Exibidos no Festival de Cinema de Berlim – onde Mal Viver arrecadou o Urso de Prata –, falam ambos sobre relações tóxicas e têm assinatura de João Canijo. Com produção de Pedro Borges e com Leonor Teles (realizadora de Balada de um Batráquio, curta também premiada em Berlim, em 2016) na direcção de fotografia, o elenco conta com alguns dos mais importantes actores da actualidade: Rita Blanco, Beatriz Batarda, Cleia Almeida, Anabela Moreira, Madalena Almeida, Vera Barreto, Nuno Lopes, Filipa Areosa, Beatriz Batarda, Leonor Vasconcelos, Carolina Amaral, Rafael Morais, Lia Carvalho e Leonor Silveira. ​

As filmagens decorreram em 2021, no Hotel Parque do Rio, em Ofir (Esposende, distrito de Braga) e as duas histórias vão ser encaixadas numa série de televisão que será “uma espécie de união dos dois filmes, mas com coisas novas que foram filmadas de propósito para a série”, diz o realizador sobre o projecto.
Salas e horários

Léo e Rémi (Eden Dambrine e Gustav De Waele) têm 13 anos e são inseparáveis. Depois de um Verão de inúmeras aventuras e partilhas, os dois ficam radiantes por terem sido colocados na mesma turma. Mas a sua proximidade é mal interpretada pelos colegas de escola, que os começam a atormentar com insinuações maliciosas. Para evitar ser ostracizado, Léo decide afastar-se. Até ao dia em que Rémi desaparece.

Vencedor do Grande Prémio do Júri do Festival de Cinema de Cannes em 2022 e nomeado para o Óscar de melhor filme internacional, um drama sobre a adolescência assinado pelo belga Lukas Dhont, que escreve o argumento em parceria com Angelo Tijssens, com quem tinha já trabalhado em Girl (em exibição no cinema Trindade até segunda-feira).

Salas e horários

Primeira longa-metragem de Simão Cayatte – depois das curtas A Viagem, Miami e Menina –, este drama foi filmado em 2019, antes da pandemia de covid-19, e conta a história de André, de 13 anos, que vive sozinho com o pai numa zona remota do Alentejo, onde se dedicam ao negócio de perfuração de águas. Certo dia, o pai desaparece. Sem saber o que fazer nem ninguém a quem recorrer, André procura Sandra, uma jovem mãe solteira que vive na única casa das redondezas.

As actuações do filme, co-produzido entre Portugal, França e Polónia, ficam a cargo de Rúben Simões, Joana Santos, Luísa Cruz, Paulo Calatré, Lia Carvalho, Alice Medeiros e Nuno Nunes. Salas e horários

Laureada com o Nobel de Literatura de 2022, a francesa Annie Ernaux (n. 1940) tem uma vasta obra literária e ficou conhecida pelos seus romances de cariz autobiográfico, entre eles Les Armoires Vides (1972), Um Lugar ao Sol (1984), Os Anos (2008) ou L'Autre Fille (2011). Este filme, realizado por ela e co-realizado por David Ernaux-Briot, seu filho, é uma compilação de diversas gravações caseiras feitas pelo seu ex-marido, Philippe, depois de terem comprado uma câmara Super 8.

Esses pequenos filmes são um retrato de um tempo e um lugar que mostram não apenas momentos de intimidade entre os vários elementos da família, mas também o funcionamento da sociedade francesa daquela época. “Ao rever os nossos filmes em Super 8, filmados entre 1972 e 1981, percebi que não eram apenas um arquivo familiar, mas um testemunho do passado, estilo de vida e aspirações de uma classe social na década depois de 1968”, diz-nos Annie Ernaux. “Queria incorporar essas imagens silenciosas numa história que juntasse o íntimo ao social e à história, para transmitir o sabor e a cor daqueles anos.”

Hoje, dia 11 de Maio, às 19h30 na Cinemateca

Do mago da animação Hayao Miyazaki (A Princesa Mononoke, O Meu Vizinho Totoro, O Castelo Andante ou Ponyo à Beira-Mar”), este filme é direccionado a todas as idades e conta a história de Chihiro, uma menina de dez anos que descobre um mundo secreto. Quando os pais sofrem uma estranha transformação, Chihiro vê-se a entrar num lugar repleto de monstros e seres lendários, onde é obrigada a trabalhar para Yubaba, uma terrível bruxa com uma enorme cabeça e um corpo pequenino. Para salvar a família, Chihiro vive as mais fantásticas aventuras.

Óscar de melhor filme de animação, o filme venceu, em ex aequo com Domingo Sangrento de Paul Greengrass, o Urso de Ouro na edição de 2002 do Festival de Cinema de Berlim.

Disponível na Netflix

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