“Trabalho de manhã, à tarde e à noite. Quando tenho tempo para ser jovem?”

A manifestação do 1º de Maio foi do Martim Moniz à Alameda com gritos de ordem que nunca cessaram. Os mais jovens saíram à rua em força — era impossível ver o início e o fim da Avenida Almirante Reis.

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Muitos jovens saíram à rua neste 1º de Maio NFS Nuno Ferreira Santos
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O desfile da CGTP foi do Martim Moniz à Alameda, em Lisboa NFS Nuno Ferreira Santos
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A avenida Almirante Reis ficou pintada de vermelho Nuno Ferreira Santos

O ponto de encontro era o habitual. Às 14h30, do Martim Moniz, a manifestação do 1º de Maio da CGTP devia partir em direcção à Alameda D. Afonso Henriques, em Lisboa. Quando a hora marcada chegou, o número de pessoas ainda não fazia adivinhar a enchente que ia cobrir a Avenida Almirante Reis dali em diante. Na voz de Zeca Afonso ouvia-se “não me obriguem a ir para a rua gritar”, mas mais uma vez foi precisamente esse o plano para o Dia do Trabalhador. Os sindicatos e grupos foram-se juntando, ergueram as tarjas e prepararam as vozes.

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