Elon Musk diz que paga os selos azuis de William Shatner, LeBron James e Stephen King

À medida que vai implementando a nova política de verificação de contas, o CEO do Twitter decidiu manter o selo azul em algumas contas, todas de personalidades que o criticaram.

Foto
O Papa Francisco perdeu o selo azul, mas depressa o Twitter lhe atribuiu uma marca a autenticar a conta Reuters/GUGLIELMO MANGIAPANE

O Twitter começou a remover, nesta quinta-feira, o selo de verificação azul aos perfis dos seus utilizadores, entre os quais o Papa Francisco, o co-fundador da Microsoft Corp Bill Gates e a estrela do futebol português Cristiano Ronaldo. Em alguns casos, como do Sumo Pontífice, a rede social reavaliou; noutras, está decidida a cumprir a premissa de que este é um serviço que deve ser pago.

Sob a propriedade de Elon Musk, o Twitter mudou a forma como distribui as cobiçadas marcas de verificação, previamente dadas a indivíduos notáveis, jornalistas, executivos, políticos e estabelecimentos, após a verificação das suas identidades e que serviam como uma marca de autenticidade. Musk disse em Novembro que o Twitter passaria a cobrar oito dólares por mês pelo crachá, num esforço para lançar mais fluxos de receitas para além da publicidade. Depois, a empresa decidiu oferecer marcas de verificação noutras cores — ouro para as empresas e cinzento-prata para organizações e funcionários governamentais e multinacionais.

É uma das últimas que passou a identificar a conta do Papa, depois de, inicialmente, ter ficado sem qualquer classificação. O Vaticano, que foi apanhado de surpresa, disse numa declaração que estava ciente de que o Twitter estava a fazer mudanças, mas notou que o Papa tem mais de 53 milhões de seguidores nas suas contas @Pontifex em várias línguas.

“Enquanto aguarda para conhecer as novas políticas da plataforma, a Santa Sé espera que estas incluam a certificação da autenticidade das contas”, declarou.

Algumas personalidades, como a estrela do basquetebol LeBron James e o autor Stephen King, mantiveram as suas marcas azuis, no que parece ser uma oferta do próprio Musk. Mais recentemente, a medida foi alargada a todas as contas com mais de um milhão de seguidores na rede social.

O autor de The Shining, que anteriormente avaliou Musk como uma terrível solução para o Twitter, partilhou na rede social a sua admiração: “A minha conta no Twitter diz que eu ‘subscrevi o Twitter Blue’. Não subscrevi. A minha conta no Twitter diz: ‘Deu um número de telefone’. Eu não dei.”

A resposta não tardou: “De nada, namaste”, replicou Musk, juntando um emoji com mãos em prece. Noutra publicação, o CEO do Twitter explicou a situação dos selos azuis exibidos por quem não subscreveu o serviço: “Estou a pagar por alguns pessoalmente”, apontando os nomes de “[William] Shatner, LeBron e King”, todos críticos do sistema. O actor do Star Trek William Shatner tinha-se queixado, no mês passado, por ser obrigado a pagar para manter a sua marca de verificação azul.

Entre os que perderam os seus distintivos estão, por enquanto, o ex-presidente dos EUA Donald Trump e a socialite Kim Kardashian.

Sugerir correcção
Comentar