Itália recupera maioria nos quartos-de-final da Champions
Com Nápoles, AC Milan e Inter Milão apurados, o futebol italiano recupera o estatuto que teve, pela última vez, em 2005-06. Uma espécie de remake para os milaneses.
Está a ser uma edição histórica da Liga dos Campeões para o futebol italiano. Com três representantes nos quartos-de-final da prova, Itália é o país que está em maioria na próxima fase da competição, replicando um feito que não alcançava desde 2005-06.
Nápoles, AC Milan e Inter Milão são os clubes italianos que vão entrar no sorteio de sexta-feira, pelas 11h em Portugal. Para os vizinhos do norte de Itália, é uma repetição do que conseguiram há 17 anos, na altura acompanhados pela Juventus, o "cliente" mais regular do calcio na alta-roda do futebol europeu no presente século.
Nessa época, só o AC Milan conseguiu chegar às meias-finais, fase na qual seria eliminado pelo Barcelona - os "bianconeri" perderam com o Arsenal e o Inter foi surpreendido pelo Villarreal. Agora, aos dois gigantes de Milão na luta pelas meias-finais junta-se o Nápoles, líder incontestado do campeonato e o representante transalpino que se impôs de forma mais categórica.
Nos oitavos-de-final, os napolitanos fecharam a eliminatória com um total de 5-0 sobre o Eintracht Frankfurt, enquanto os compatriotas milaneses se qualificaram com o registo mínimo: 1-0 do Inter ao FC Porto, 1-0 do AC Milan diante do Tottenham.
Esta presença do trio do calcio nos quartos-de-final rompe com a tendência dos anos recentes, de domínio claro de Inglaterra e de Espanha nas fases decisivas da Champions. Mas ainda é cedo para dizer se se trata de uma real recuperação de Itália de um estatuto que foi perdendo ou se terá sido apenas um fogacho.
Certo é que, para o Nápoles, esta é já uma caminhada histórica, porque nunca tinha chegado tão longe na Liga dos Campeões. E é também uma edição de afirmação dos treinadores italianos, que completam quatro das oito vagas dos quartos-de-final: a Luciano Spalletti (Nápoles), Stefano Pioli (AC Milan) e Simone Inzaghi (Inter) junta-se Carlo Ancelotti, técnico do Real Madrid.