As (des)ordens profissionais

Quem não queria ter o poder para limitar a concorrência? O caminho para tornar mais acessível o acesso às profissões reguladas tem sido espinhoso.

O saudoso Philippe Val criou a personagem do “canalizador polaco” num texto do Charlie Hebdo, no final de 2004. A personagem foi depois apropriada pelos extremos à direita e à esquerda, num debate polarizador que misturava a contestação à diretiva dos serviços da UE, ao alargamento a leste e ao projeto da constituição europeia. Tratava-se de um canalizador que, graças à diretiva, viria vender os seus serviços a preços polacos, em França, ao abrigo das leis tributárias e laborais polacas, assim tramando a vida aos canalizadores franceses.

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