Chanceler alemão apela à China para pressionar Putin a retirar da Ucrânia
Olaf Scholz diz que Pequim devia usar a sua influência sobre Moscovo e pede à China para dialogar com Volodymyr Zelensky.
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O chanceler alemão, Olaf Scholz, pediu à China que exerça pressão sobre o Presidente russo, Vladimir Putin, para que o Exército da Rússia saia da Ucrânia, em vez de estudar a hipótese do envio de armas para o terreno.
Num discurso no Parlamento alemão, nesta quinta-feira, Scholz mostrou-se decepcionado com o facto de Pequim se ter abstido de condenar a invasão russa, embora tenha saudado os esforços do Governo chinês para reduzir a escalada nuclear.
"A minha mensagem para Pequim é clara: use a sua influência em Moscovo para exigir a retirada das tropas russas e não envie nenhuma arma ao agressor", disse Scholz.
As observações do chanceler alemão sublinham, mais uma vez, a forma como a resposta internacional à invasão da Ucrânia marcou as divisões globais, com a China e a Índia a absterem-se de condenar a agressão russa.
Os EUA estão a sondar os seus aliados sobre a possibilidade da imposição de sanções à China se Pequim fornecer apoio militar à Rússia, avançou a Reuters na quarta-feira.
Essas consultas, que ainda estão numa fase preliminar, visam angariar apoio de diversos países, especialmente os do G7, para coordenar possíveis restrições.
Pelo seu lado, a China emitiu um documento de 12 pontos a pedir um cessar-fogo que foi recebido com cepticismo no Ocidente.
"É legítimo esperar que a China discuta as suas ideias com as principais partes interessadas — com os ucranianos e com o Presidente Zelensky", disse Scholz, apesar de saudar a posição de Pequim sobre a desejável paragem de uma escalada nuclear.