Vírus HPV afecta oito em cada 10 mulheres. Saiba como proteger-se

O HPV é transmitido através das relações sexuais e atinge sobretudo mulheres jovens, entre os 20 e os 30 anos. Mas, felizmente, já é possível prevenir e tratar esta infecção de forma cómoda e simples.

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Ao contrário do que se possa pensar, a infecção pelo Human Papilloma vírus (HPV) - ou Vírus do Papiloma Humano - é extremamente comum. Sabe-se que oito em cada 10 mulheres sexualmente activas contraem a infecção pelo menos uma vez na vida, existindo um pico da sua incidência entre os 20 e os 30 anos de idade.

Este é um vírus que se transmite por contacto directo com a pele ou mucosas infectadas durante o acto sexual, com ou sem penetração, levando ao aparecimento de lesões nas células epiteliais da pele e/ou nas mucosas na área genital e/ou anal, chamadas de condilomas ou verrugas.

Nas mulheres, estas lesões podem surgir nos grandes lábios, vulva, vagina e colo do útero; nos homens, no forro do pénis, sulco balanoprepucial, glande e meato urinário. Em ambos os géneros pode haver verrugas na cavidade oral resultantes da transmissão por sexo oral.

Apesar de 90% das lesões induzidas pelo HPV regridem espontaneamente no prazo de dois anos graças às defesas do nosso sistema imunitário, em alguns casos estas podem evoluir para formas malignas e causar cancro.

Genótipos 16 e 18 são de mais alto risco

Até ao momento foram identificados cerca de 200 tipos de HPV diferentes. Estes dividem-se em tipos de alto e baixo risco, em função das doenças que causam. Nos HPV de baixo risco estão incluídos os tipos 6 e 11, responsáveis pela maioria das patologias benignas, das quais as mais frequentes são os condilomas ou verrugas genitais. Já nos HPV de alto risco incluem-se os tipos 16 e 18, responsáveis por 75% das lesões mais graves, nomeadamente pela maioria dos cancros e lesões pré-cancerígenas do colo do útero, penianos, vulvares, vaginais, anais e orofaríngeos. Além disso, a grande maioria dos cancros do colo do útero (75%) são provocados pelo genótipo 16 e 18, sendo o cancro cervical o 4.° tumor feminino mais comum em todo o mundo.

Rastreio e vacinação são armas fundamentais

De salientar que os tipos de HPV de alto risco não provocam sintomas, facto que reforça a importância do diagnóstico precoce e da vacinação. Nesse contexto, o rastreio do cancro do colo do útero (teste Papanicolau) está recomendado a mulheres com mais de 30 anos, e a vacinação contra o HPV, que faz parte do Plano Nacional de Vacinação, está indicada para todos os adolescentes com 11-12 anos, jovens adultos até aos 26 anos (vacinação de recuperação) e adultos entre os 25 e os 27 anos não vacinados.

Novo dispositivo vem revolucionar tratamento do HPV

Relativamente ao tratamento do HPV, apenas as lesões induzidas pelas estirpes de elevado grau são tratadas cirurgicamente. E em todos os outros casos (lesões de baixo grau ou apenas teste Papanicolau positivo) o estado da infecção é habitualmente monitorizado através de consultas de seguimento, sendo a única recomendação “esperar para ver”, uma postura altamente danosa para o estado psicológico dos doentes.

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HPV Care é um novo dispositivo médico com óvulos vaginais indicado para prevenção e tratamento coadjuvante das lesões induzidas pelo HPV.

Para preencher essa lacuna na prática clínica do tratamento das lesões de baixo grau não tratadas cirurgicamente, a Cantabria Labs lançou o device médico HPV Care, um tratamento revolucionário com óvulos vaginais, prático e fácil de usar, que não necessita de receita médica, e que tem na sua composição substâncias activas que contribuem para a reposição da homeostase do sistema imunitário, do epitélio do colo do útero e o equilíbrio da microbiota vaginal, todos factores modificáveis envolvidos na eliminação ou progressão do HPV.

Além disso, este dispositivo está também indicado para as lesões de alto grau após o tratamento cirúrgico. Ou seja, esta é uma nova estratégia terapêutica quer para a prevenção, quer para o tratamento coadjuvante das lesões induzidas pelo HPV, evitando igualmente o risco de progressão da infecção para cancro.

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