Portugal foi o país da OCDE onde desemprego mais subiu entre Julho e Dezembro

Crescimento foi contrário à tendência geral dos membros da organização internacional, segundo os dados divulgados esta terça-feira.

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Taxa de desemprego em Portugal passou de 5,9% em Julho para 6,7% em Dezembro Rui Gaudencio

Portugal foi o país da OCDE onde a taxa de desemprego mais aumentou entre Julho e Dezembro de 2022, mais oito décimas, uma evolução claramente contrária à tendência geral dos membros da organização, foi hoje anunciado.

Num comunicado hoje divulgado com os dados comparativos da evolução do desemprego nos 38 Estados membros, a OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico precisa que, no conjunto da organização, a taxa de desemprego permaneceu estável, pelo sexto mês consecutivo, em 4,9% em Dezembro de 2022, o nível mais baixo desde o início da série em 2001. Em 2022, o número de trabalhadores desempregados na OCDE diminuiu para 33,9 milhões, o nível anual mais baixo desde o início da série.

A taxa de desemprego em Portugal passou de 5,9% em Julho para 6,7% em Dezembro, mais 0,8 pontos, e o nível mínimo de desemprego da série histórica da OCDE, de 5,1%, foi registado em Janeiro de 2001.

Espanha, com a maior taxa de desemprego da organização, de 13,1% em Dezembro, e a Suécia foram outros países onde a taxa de desemprego mais aumentou entre Julho e o último mês do ano, designadamente cinco décimas.

Em Espanha e na Suécia, a taxa de desemprego subiu de 12,6% e de 7% em Julho para 13,1% e 7,5% em Dezembro. Outro país que registou um aumento significativo foi a Áustria, com um crescimento de quatro décimas de ponto percentual para 5%.

No outro extremo, o desemprego na Grécia caiu sete décimas entre Julho e Dezembro para 11,6%. Ainda assim, a Grécia tinha a segunda maior taxa, atrás da Espanha, no final de 2022.

Em nove países da OCDE, a taxa de desemprego em Dezembro foi a mais baixa ou próxima desta desde que a organização iniciou a série histórica em 2001, incluindo a Alemanha (2,9%), Canadá (5%), Estados Unidos (3,5%) e França (7,1%).

Na União Europeia e na zona euro, a taxa de desemprego também se manteve em níveis mínimos históricos, de 6,1% e 6,6%, respectivamente.

Em números absolutos, a Espanha era, no final de 2022, com 3,08 milhões de pessoas, o terceiro país da organização com o maior número de desempregados, atrás apenas dos Estados Unidos (5,722 milhões) e da Turquia (3,633 milhões), que têm populações muito maiores.