Metro do Porto diz que “é descabido” relacionar obras com inundações na baixa
Obras da nova Linha Rosa ainda não chegaram ao antigo Rio de Vila, que corre no subsolo da Praça da Liberdade e Rua Mouzinho da Silveira, garante fonte oficial da empresa.
A Metro do Porto não nega que parte da lama arrastada pelas fortes enxurradas na manhã deste sábado, na Baixa do Porto, concretamente no Largo dos Lóios e nas ruas Mouzinho da Silveira e das Flores, tenha tido origem nas obras relativas à nova Linha Rosa, que decorrem nas proximidades. Mas fonte oficial da empresa garantiu ao PÚBLICO que “é descabido relacionar as obras em curso com as inundações verificadas na manhã deste sábado".
A mesma fonte afasta qualquer possibilidade de as obras em curso terem chegado ou afectado o antigo Rio de Vila, canal que corre no subsolo da Praça da Liberdade e da Rua Mouzinho da Silveira, escoando parte das águas pluviais da cidade, em direcção ao Rio Douro.
As obras da nova linha vão implicar "a abertura de uma artéria, para onde será desviada a circulação de água do Rio de Vila, com um diâmetro de cerca de seis metros, mas essa ligação ainda não foi feita”, adiantou Jorge Morgado, responsável pela comunicação da empresa.
“O futuro desvio do Rio de Vila até vai permitir resolver um problema de escoamento de águas pluviais naquela zona da cidade, mas ainda não se chegou lá”, acrescentou.
Devido a forte inundação, a estação de São Bento esteve encerrada durante várias horas, obrigando a interrupção da Linha Amarela, entretanto já reestabelecida.
Ainda na Linha Rosa, que ligará a estação de São bento à Casa da Música, a chuva forte inundou os dois poços abertos para a construção da futura estação no Jardim do Carregal, junto ao Hospital de Santo António, que têm uma profundidade de 30 metros, e onde a água acumulada atingiu cerca de dois metros.
Também se registaram pequenas inundações nas estações do Bolhão e Campo 24 de Agosto, mas sem impacto na circulação do metro.