Trinta e sete famílias do bairro da Jamaica começaram a ser realojadas esta segunda-feira

Bairro começou a ser realojado em Dezembro de 2018 e esse processo foi entretanto interrompido pela dificuldade da Câmara do Seixal em conseguir casas no mercado para instalar as famílias. Retoma agora com o realojamento de 90 pessoas.

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O bairro começou a ser realojado em Dezembro de 2018 Daniel Rocha/Arquivo

Trinta e sete famílias do bairro Vale de Chícharos (Bairro da Jamaica), no Seixal, começaram a ser realojadas esta segunda-feira, ficando concluída a primeira fase de um processo iniciado em Dezembro de 2018, segundo a autarquia. A acção decorre até quarta-feira e abrangerá 90 pessoas.

Segundo a Câmara Municipal do Seixal (CDU), no distrito de Setúbal, o processo de realojamento foi iniciado em Dezembro de 2018 e permitiu o realojamento de 64 famílias (187 pessoas), moradores do antigo lote 10, já demolido.

O modelo de realojamento adoptado pela autarquia do Seixal foi o de aquisição e reabilitação de habitações dispersas pelo município com vista a uma integração plena dos moradores de Vale de Chícharos na comunidade seixalense.

Em Novembro de 2017, a Câmara Municipal do Seixal realizou um levantamento de todas as pessoas que viviam em Vale de Chícharos.

Na altura, segundo a autarquia, foi feito o recenseamento de 234 famílias, cerca de 750 pessoas, que ficaram devidamente assinaladas e com direito a serem incluídas no processo de realojamento de acordo com o protocolo estabelecido entre a Câmara Municipal do Seixal e o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, homologado pela Secretaria de Estado da Habitação.

Relativamente às 133 famílias que ainda vão continuar a residir no bairro, a autarquia assegura que “irá continuar a trabalhar, em conjunto com o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana e com a Secretaria de Estado da Habitação, para proceder ao realojamento, o mais rápido possível”.

A autarquia do Seixal garante que irá realojar até ao final de 2022 mais 37 famílias que residem nos lotes 14 e 15, e que as restantes 96 serão realojadas até final de 2023.

“Findo este processo será concretizada a limpeza integral do terreno”, explica a Câmara Municipal do Seixal numa nota enviada à agência Lusa.

Atendendo à dimensão e à complexidade deste processo, tendo em conta o elevado número de famílias e a necessidade de uma rápida demolição dos edifícios, a autarquia definiu que o procedimento seria realizado de forma faseada.

O financiamento para este realojamento resulta de verbas provenientes de uma candidatura da Câmara Municipal do Seixal ao Plano de Recuperação e Resiliência.