IL quer saber quantos grupos de trabalho e comissões foram criadas nos governos de Costa

Os liberais encontraram “cerca de 62” destas estruturas, mas fizeram a pergunta ao primeiro-ministro.

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Rodrigo Saraiva com João Cotrim de Figueiredo, da IL LUSA/MIGUEL A. LOPES

A Iniciativa Liberal pediu nesta terça-feira ao primeiro-ministro, António Costa, um levantamento de todos os grupos de trabalho, comissões de acompanhamento e “task forces” criadas pelos seus três governos, assim como as respectivas conclusões e custos associados.

“Aquilo que vamos fazer é pedir ao Governo, nomeadamente ao primeiro-ministro, que quantifique quantos grupos de trabalho, “task forces”, comissões de acompanhamento, de execução, de gestão, e estruturas de missão foram criadas pelos seus três governos”, especificou à Lusa o líder parlamentar da IL, Rodrigo Saraiva.

O deputado liberal recordou que no último debate com o primeiro-ministro, em 22 de Junho, o partido questionou-o sobre “o número vasto que existe de estruturas criadas desde 2015 pelos sucessivos” executivos socialistas.

Rodrigo Saraiva acrescentou que a IL encontrou “cerca de 62” destas estruturas, mas ficou sem resposta do primeiro-ministro, por isso, os liberais apresentaram um requerimento insistindo no esclarecimento.

O desconhecimento, na ótica do líder da bancada liberal, aumenta a “descredibilização dos serviços do Estado”.

No requerimento a IL também pretende saber quais as conclusões a que todas estas estruturas chegaram e os custos associados.

Para Rodrigo Saraiva, é preciso discernir quais são as “gorduras do Estado” com estes organismos “que nascem como cogumelos”.

“Na legislatura anterior, a IL solicitou, por exemplo, o relatório do grupo de trabalho “Escola sem bullying, escola sem violência”, do Ministério da Educação, ao qual não tivemos resposta, portanto, não sabe as conclusões desse grupo”, exemplificou o deputado, argumentando que o mesmo aconteceu com o pedido de divulgação do relatório da estrutura de missão para a “Sustentabilidade do Programa Orçamental da Saúde”.

Rodrigo Saraiva considerou ser “grave se nenhum destes grupos de trabalho chegou a uma conclusão”, sustentando que “criam entropia” se não produzem efeitos concretos.

“Infelizmente, o histórico do PS tem sido o de fugir às perguntas e aos requerimentos que são feitos, seja formalmente, sejam em plenários. O Governo foge. As perguntas que são submetidas formalmente não são respondidas”, lamentou.