Tudo aquilo que José Sócrates já me ensinou (e foi muito)
Proponho que comecemos a encará-lo como um patriota que assumiu esta importante missão: esfregar na cara dos portugueses as gigantescas disfuncionalidades do país, a começar na justiça e a acabar na política.
Se houvesse um campeonato do descaramento, José Sócrates seria recordista mundial. Ele é o CR7 da desfaçatez. O João Garcia que trepou os sete cumes do topete. A sua última entrevista à SIC Notícias, a propósito daquelas viagens ao Brasil que ele entende ter o direito de fazer a seu bel-prazer e sem dar cavaco a ninguém – até porque o tribunal (palavras suas) não lhe perguntou onde é que ele tinha ido “com bons modos” –, é mais um pináculo da insolência e do insulto à justiça, a começar nos juízes e a acabar no Ministério Público, que Sócrates trata invariavelmente como se fosse a varejeira que insiste em incomodar o seu churrasco com os amigos. Nunca se viu nada assim.
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