Advogada de Johnny Depp torna-se uma “estrela” e é promovida

Camille Vasquez passou de associada a sócia menos de uma semana depois de ajudar a equipa de Johnny Depp a vencer o julgamento contra Amber Heard. O desempenho da advogada “provou ao mundo que ela está pronta”, diz presidente da firma Brown Rudnick.

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Camille Vasquez tornou-se o rosto da equipa jurídica do actor durante o julgamento que durou seis semanas Reuters/EVELYN HOCKSTEIN

A firma de advogados Brown Rudnick promoveu a associada Camille Vasquez a sócia, menos de uma semana depois de ter ajudado o actor Johnny Depp a obter o veredicto do júri de 15 milhões de dólares a propósito do julgamento por difamação contra a sua ex-mulher, Amber Heard.

Vasquez tornou-se o rosto público da equipa jurídica de Depp durante o julgamento que durou seis semanas, e recebeu vários elogios pelo seu desempenho. A equipa foi liderada pelo sócio da firma Brown Rudnick, Benjamin Chew, e incluiu outros nove advogados. Mas Vasquez desempenhou um papel de destaque ao interrogar Amber Heard e dizer ao júri, durante os argumentos finais, que a ex-mulher do actor foi o verdadeiro agressor na relação, e não Depp.

O presidente da firma Brown Rudnick, William Baldiga, disse, esta terça-feira, que, habitualmente, a firma promove os associados quando o ano fiscal termina. “Mas o desempenho de Camille durante o julgamento de Johnny Depp provou ao mundo que ela está pronta para dar este passo neste momento”, disse.

Camille Vasquez disse estar “encantada” por ter o “pleno voto de confiança da firma”.

Os recrutadores e consultores de firmas de advogados disseram que promover Vasquez a sócia da Brown Rudnick – um título que geralmente inclui uma quota das acções, mais dinheiro e uma maior influência – era um passo lógico para a firma, dado o elevado destaque que Camille Vasquez ganhou.

Vasquez juntou-se ao escritório de Orange County da Brown Rudnick em 2018, especializando-se em processos de difamação do lado dos queixosos. Anteriormente, foi associada da Manatt, Phelps, & Phillips.

Johnny ​Depp afirmou que Amber Heard o difamou quando escreveu um artigo para o Washington Post, em Dezembro de 2018, no qual relatou ser uma sobrevivente de abusos domésticos. Pouco tempo depois, Depp interpôs uma acção de 50 milhões de dólares (47,2 milhões de euros).

No texto que levou o ex-casal a uma batalha judicial milionária, Amber Heard não identifica o seu agressor pelo nome, mas, defende o advogado de Depp, Benjamin Chew, era claro que se estava a referir ao actor. Do seu lado, a actriz não negou que de facto falava sobre o ex-marido, mas observa que, por um lado, apenas escreveu a verdade e que, por outro, a sua opinião está protegida como livre expressão ao abrigo da Primeira Emenda da Constituição dos EUA. Ou seja, respondeu com uma contra-acusação, pedindo uma indemnização de cem milhões de dólares (92,6 milhões de euros).

Johnny Depp venceu o processo em que acusava a ex-companheira Amber Heard de difamação. Heard acusou o actor de violência e abusos domésticos, em 2018. A actriz terá de pagar a Depp 10,35 milhões de dólares (cerca de 9,7 milhões de euros) e não 15 milhões (14 milhões de euros), como inicialmente foi noticiado. Isto porque é necessário cumprir os limites estatais de danos punitivos.