Putin tratado a cancro e alvo de tentativa de homicídio, avança Newsweek

Membros dos serviços secretos norte-americanos garantem que o Presidente russo recebeu tratamento oncológico e que foi alvo de uma tentativa de assassinato.

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Durante os últimos meses, o estado de saúde de Vladimir Putin tem sido tema de debate Reuters/SPUTNIK

Altos funcionários dos serviços secretos dos Estados Unidos garantiram à Newsweek, na condição de anonimato, ter informações sobre o estado de saúde de Vladimir Putin, sobre a qual muito se tem especulado desde o início da guerra na Ucrânia. Afirmaram basear-se num relatório confidencial concluído no final de Maio e revelaram que o Presidente russo recebeu tratamento oncológico em Abril.

Putin, que completa 70 anos em Outubro, teria um cancro já em estado avançado, e o tratamento permitiu que recuperasse alguma força, adiantaram.

No dia 13 de Maio, o chefe dos serviços de informação militar da Ucrânia, Kyrylo Budanov, afirmou que Vladimir Putin estaria “muito doente” com cancro, e numa “condição física e psicológica muito má”.

Em resposta às alegações ucranianas, o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov disse não ser capaz de se convencer que “alguém com o pensamento claro possa reconhecer em [Putin] sinais de qualquer doença”. “Podem vê-lo no ecrã, ler ou ouvir os seus discursos”, argumentou. “Deixo que quem espalha tais boatos resolva isso na sua consciência, apesar das oportunidades diárias que têm para assistir ao que se está a passar.”

Citados pela revista Newsweek, os funcionários norte-americanos — um dos Serviços Secretos dos Estados Unidos, um veterano da Força Aérea e o terceiro da Agência de Inteligência e Defesa — confirmaram ainda uma tentativa de homicídio de Putin em Março passado.

Afirmaram também estar preocupados com uma crescente paranóia do chefe de Estado em relação ao seu domínio de poder e controlo, à medida que avança a guerra na Ucrânia, onde a sua estratégia já mostrou fragilidades. Este poderá também ser um sinal de que uma guerra nuclear se torna cada vez menos provável.

“O controlo de Putin é poderoso, mas já não é absoluto”, disse um dos funcionários dos serviços secretos com acesso ao relatório, sob anonimato. “A luta pelo poder no interior do Kremlin nunca foi tão intensa durante o seu mandato, todos sentem que o fim está próximo”, acrescentou, referindo-se ao possível afastamento de Putin da presidência da Federação Russa.

De novo, no dia 13 do mês passado, Kyrylo Budanov já falava sobre uma mudança no poder da Rússia e num possível golpe de Estado, acrescentando que esse processo de substituição da chefia do Kremlin já estaria “em curso”.

Caso os planos de Putin não se cumpram na Ucrânia, disse Budanov à Sky News, o golpe de Estado, e o consequente afastamento do actual Presidente russo, no poder há duas décadas, cumprir-se-ão mais rápido.

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